O que Rossetto planeja para Viamão?

 

– Recentemente visitei o porto de Rio Grande e uma coisa me chamou muito a atenção: o silêncio das máquinas sendo substituído pelo barulho das pombas. Este é o retrato do Rio Grande do Sul desta gestão – Este é o tom de discurso usado pelo pré-candidato ao Governo do Estado, Miguel Rossetto, que na noite de sexta-feira visitou o Diário de Viamão.

 

Rossetto foi aclamado pré-candidato ao Palácio Piratini em convenção do Partido dos Trabalhadores em dezembro do ano passado, e desde então vem intensificando suas visitas por municípios gaúchos para montar seu plano de governo. Estratégia semelhante foi adotada por outros pré-candidatos ao governo gaúcho, como o ex-prefeito de Canoas Jairo Jorge (ex-PT, agora PDT), o ex-prefeito de pelotas Eduardo Leite (PSDB) e Luis Carlos Heinze (Progressistas), esses últimos inclusive já visitaram Viamão neste ano. Especula-se que o próprio governador, José Ivo Satori renuncie do cargo em julho para ter mais tempo e tranquilidade para visitar os municípios durante a campanha que se aproxima.

 

O que diferencia Rossetto dos demais nomes viáveis desta eleição, onde até então ninguém desponta como favorito absoluto nas poucas pesquisas de intenção de voto realizadas no Estado é a oposição ao Governo Sartori desde o início do mandato, e é justamente esta a estratégia que o petista vem adotando, mesmo antes da oficialização de seu nome ao Palácio Piratini.  

 

– Embora as candidaturas de esquerda se apresentem pulverizadas no primeiro turno, existem conversas avançadas para uma unidade no segundo turno, todos nós discordamos absolutamente das atitudes do Governo Sartori – disse o petista.

 

Durante a rápida conversa que teve com o Diário de Viamão – aproximadamente 20 minutos entre uma entrevista na rádio web local e a reunião com os partidários viamonenses para preparar o plano de governo –  Rossetto criticou o atraso e parcelamento de salários dos servidores públicos estaduais e a diminuição do número de brigadianos desde que o PT deixou o governo, em 2014, algo em torno de 5.000 homens, segundo o pré-candidato.

 

Rosseto deixou claro que vai adotar estratégia diferente dos candidatos do que chamou de “bloco de continuismo”, formado por candidaturas como as do PP e do PSDB que integraram o governo Sartori e que pretendem continuar adotando medidas de controle de gastos como extinção de fundações e autarquias, sob o argumento de que “as contas estão um caos”.

 

– Nós encaramos a nossa candidatura com muito entusiasmo pois sabemos que o Rio Grande do Sul, não só tem jeito – coisa que eles querem que a população ache que não tem – como tem plena capacidade de voltar a crescer. Quero colocar o Estado nos trilhos novamente.

 

Mas afinal de contas, o que Viamão pode esperar de um eventual governo Rossetto?

–  Espero que os viamonenses possam encontrar serviços públicos de qualidade, que atendam as expectativas das pessoas. Uma segurança pública estruturada, que permita que o viamonense se sinta seguro de fato. Investir e atualizar as escolas estaduais, com professores que recebam em dia. Viamão tem uma localização privilegiadíssima, ao lado da capital e ao mesmo tempo com uma forte produção rural. Quero dar uma atenção especial a mobilidade urbana, revisitar os projetos da duplicação do caminho do meio e encontrar alternativas para a Bento Gonçalves – afirmou.

 

Uma comitiva viamonense acompanhou Rossetto pelas agendas no município: o ex-vereador e ex-vice prefeito Serginho, os ex-prefeitos Ridi e Alex Boscaini além do assessor Sandro Faleiro e da jovem Lavinia Santos, figura carimbada nos grupos de Facebook da cidade, sempre defendendo projetos e questões relacionadas a esquerda. Se Rossetto não chegar ao Piratini em 1º de janeiro de 2019 pelo menos já vai ter reunido os maiores figurões do PT Viamonense em uma única foto. Quer mais?

 

PARA SABER

 

1 Miguel Rossetto, 58 anos, é formado em Ciências Sociais pela Unisinos

 

2 Foi sindicalista, tendo integrado a executiva da CUT.

 

3 Deputado federal e vice-governador na chapa de Olívio Dutra  

 

4 Ministro dos governos Lula e Dilma.

5 Um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores

 

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