No último final de semana fui ao cinema assistir ao novo filme da Marvel: o Pantera Negra. Até aí tudo bem, todo mundo vai assistir os filmes da Marvel. São produções gigantescas, com roteiros superatrativos e uma fotografia que enche os nossos olhos. Mas eu nunca li nenhuma história dos heróis nos quadrinhos. Na minha época de criança as meninas tinham que se fantasiar de princesa e os meninos de super-heróis. Ainda bem que algumas coisas mudaram e que finalmente fizeram o filme de um guerreiro negro.
Não se preocupem não quero dar spoilers, nem roubar o lugar de nenhum colunista por aqui, quero falar da mensagem que ficou após assistir o filme. O cinema estava lotado. Tinham crianças, adolescentes, adultos, casais e famílias. Todo mundo estava bem empolgado.
Sempre que vou assistir algum desses filmes, eu fico me perguntando: “Será que eu vou entender?”, “Será que os roteiristas pensam nas pessoas que nunca leram nada dessas personagens?”, “Como é o nome dele mesmo?”, “Esse aí é herói ou vilão?” e por aí vai. Bom, no Pantera Negra não foi diferente. Na realidade, eu nem sabia da existência dele… mas enfim, vamos ao que realmente interessa.
Eu amei o filme! Eu amei ver um exército de guerreiras nas telas do cinema! Eu adorei ver uma cientista mulher! Eu adorei ver que o amor é mais importante que a ganância e o poder. Eu me emocionei ao ver o respeito pelos ancestrais. Ainda temos poucos povos que cultivam seus ancestrais, que respeitam as suas memórias ou que os veneram em algum ritual sagrado.
O Pantera Negra na verdade é um guerreiro da tribo de Wakanda, localizada no continente africano. Mais precisamente, ele é o rei. É ele que cuida do país, que gerencia as questões internacionais e é responsável pela harmonia dos povos. Ao longo da história, fui descobrindo os mistérios da tribo. Apesar de ficar em uma região pobre da África, Wakanda era muito rica. Estava muito bem equipada tecnologicamente. E o povo tinha riqueza em abundância. Mas tudo isso muito bem protegido de todos os outros países.
Uma história aqui, uma perseguição ali até que chegamos ao clímax do filme: um guerreiro adentra ao país e ocupa o trono. Até aí tudo ok, certo? Sim, isso sempre tem em qualquer filme. O interesse vem depois. Esse guerreiro foi abandonado, esquecido pelo povo porque não nasceu em solo africano. Se todos sabiam da sua existência, porque não foram procurar? Com tanta riqueza dentro do país porque não resgatar os mais necessitados e oferecer ajuda?
Eu saí do cinema com isso em mente: do que adianta tanto conhecimento se eu não passo adiante? De que serve lutar por igualdade se eu não estendo a mão ao meu semelhante? Para onde vai toda essa riqueza depois da nossa morte? O Pantera Negra aprendeu a lição.
Por aqui, eu sigo pensando nas minhas atitudes e nas minhas ações em relação ao mundo. E você, já aprendeu alguma lição hoje?