Presidente do PDT não quer que Guto vire a Tábata Amaral viamonense

No começo do mês caiu como uma bomba nas redes sociais uma foto do presidente do PDT, Alexandre Godoy, com o prefeito André Pacheco, no que seria uma reunião de articulação para a entrada do partido no Governo Municipal. A bomba da foto não é um partido entrando no governo, até porque isso é bem comum desde a redemocratização do país. O que causou espanto é ser justo o PDT, partido que tem feito oposição aos governos tucanos desde que Bonatto venceu a eleição de 2012. Além disso, o partido de Tapir Rocha era apontado como a nova casa do vereador Guto Lopes (ex(?)-psol) para concorrer a prefeito no ano que vem, parafraseando o pessoal do MDB nacional, num grande acordo da esquerda municipal, com PT, com tudo.

 

Só que Guto e Pox combinaram tudo com a executiva estadual do partido e articularam pouco com a municipal. Segundo o presidente da legenda em Viamão, Alexandre Godoy, a reunião no gabinete do prefeito teria acontecido a meses atras, e uma das condições impostas pela executiva trabalhista para se começar as conversas era de que um jornal publicasse a foto do encontro e mencionasse a vontade do Governo de ter o PDT como aliado. Acontece que demorou tanto para que a foto e o texto fossem publicados que Godoy paralisou as conversas e desistiu de vez do embarque.

 

– Pox não gostou da minha aproximação com o governo e foi até a estadual fazer uma representação contra mim. Antes de tudo isso acontecer eu perguntei para o Pox se ele não queria ser o presidente, o que facilitaria até o meu trabalho na campanha da vereadora Eda ano que vem. Não quis e agora fica querendo controlar as minhas decisões? – questionou o presidente em uma conversa por telefone com a coluna.

 

Se o quisuco já havia fervido com a tal foto polêmica, a golesma virou pelo fogão inteiro quando, na semana passada, Godoy teria dito que Guto não era o candidato do partido e um portal da cidade reproduziu o comentário. 

 

Como o Diário não é de ficar com uma versão só, perguntamos para Godoy se a candidatura de Guto foi articulada municipalmente, e se ela está abalada depois que Guto e Pox entraram com uma representação contra o presidente na executiva. 

 

– Eu não tenho nada contra o Guto, mas hoje ele não é o candidato do PDT a prefeitura de Viamão. Nós precisamos de um nome que una a esquerda e não que nos separe mais ainda. Não vou dizer que ele não será candidato pelo PDT, porque pelo o que sei a articulação está sendo feita na executiva estadual, mas no momento ele não nos representa, até porque ainda está filiado ao PSOL – disse Godoy antes de completar – Nós não podemos correr o risco de cometer o mesmo erro da executiva nacional que deu abrigo a candidatura de Tabata Amaral e agora amargura com o seu voto a favor da reforma da previdência que vai contra os interesses do trabalhador – finaliza.

 

Ainda segundo o presidente, se precisar, ele mesmo pode ser o candidato do PDT na eleição do ano que vem. Escolher um nome de dentro do partido para concorrer é uma vontade dele e da executiva que o acompanha no mandato.

 

Em um município que ainda não tem 2º turno, aglutinar o máximo de partidos em torno de uma candidatura é o que tem garantido as eleições até aqui. Tanto que André Pacheco não teve problema algum ao se eleger em 2016, quando tinha todos os partidos de direita ao seu lado contra a esquerda rachada. Para 2020, com o centrão rachado desde o início deste ano, a esquerda corre o risco de ser coadjuvante novamente, mas desta vez em uma disputa entre o grupo de Pacheco e o de Bonatto. Observar essas articulações pode até passar pelo terreno na especulação, mas está longe de ser somente isso. É entender o que nos espera no ano que vem.

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