Um é o deputado federal mais votado do Rio Grande do Sul, com um eleitorado bastante forte no campo e na região de fronteira. O outro tem o perfil idolatrado pelas correntes liberais e coletivos políticos da atualidade, o chamado “outsider”, um empresário que nunca concorreu a cargo algum e que quer disputar sua primeira eleição. Luiz Carlos Heinze e Antônio Weck vieram a Viamão, na última segunda-feira, para participar do encontro metropolitano da sigla, que reuniu mais de 200 políticos e filiados dos municípios da região metropolitana de Porto Alegre no Plenário Tapir Rocha.
Heinze e Weck lançarão seus nomes na disputa pelo Piratini na convenção estadual do partido, que acontece no próximo dia 24. Neste dia os Progressistas deverão escolher qual dos dois pré-candidatos representará o partido na eleição de outubro.
O PP não é visto sentado na cadeira de mandatário desde que Jair Soares, em 1983 se tornou governador quando o partido ainda se chamava PDS. Em 2014 a senadora Ana Amélia Lemos, depois de estampar os televisores gaúchos por décadas no horário do almoço, era uma unanimidade dentro do partido para concorrer ao Piratini, fazendo duras críticas ao governo de Tarso Genro. Essa polaridade entre PP e PT acabou abrindo caminho para o gringo de Caxias, que nas redes sociais recebeu o apelido de “Sartorão das Massas”. Bem, o final dessa história todo mundo já sabe. Ana Amélia, a então favorita, ficou em terceiro, voltando para o Senado. Tarso e Sartori disputaram o segundo turno juntos e o gringo levou a melhor.
Desta vez com o mandato de senadora vencendo Ana vai buscar a reeleição e cabe agora aos progressistas decidirem se é o empresário, dono de empresas de TI, ou o político velho amigo do agronegócio, que tentará levar o partido de volta ao governo do estado.
