Olá, pessoal
Nesta semana terminei a série Reign e quero muito compartilhar com vocês um pouco da minha opinião sobre a produção. Por saber que ela foi baseada em fatos reais, deixei para depois do término para pesquisar sobre o tema. Como nunca estudei sobre a vida da rainha da Escócia, Mary Stuart (que governou ainda no século XVI), quis evitar os muitos spoilers que iria encontrar.
Mas, antes de separar o que é história e o que é apenas ficção, vou contar um pouco sobre a série. Reign teve sua estreia em 2017 e o desfecho no ano passado. A história – dividida em quatro temporadas, todas disponíveis na Netflix – conta a vida de Mary, a jovem rainha da Escócia que passou metade da vida escondida em um convento. Após uma tentativa de homicídio, foi enviada à França para se casar com o futuro rei, o príncipe Francis. A união foi determinada quando ainda eram crianças e a tarefa deveria ser simples: eles se casariam, unindo os dois países. No entanto, ela acaba descobrindo que sua estadia na corte francesa não terá nada de simples. Em meio a intrigas, profecias, mistérios e muito romance, Mary deverá encontrar uma forma de salvar a si mesma e o seu país.
Na minha opinião, Reign é bastante inspiradora e mostra o poder que as mulheres nascidas na realeza precisavam ter para garantir o seu espaço. Ao longo das temporadas, Mary e Elisabeth (rainha da Inglaterra) mostraram que seu único pecado – aos olhos dos nobres – foi não ter nascido homem. E, por isso, elas se esforçavam para serem respeitadas e não terem suas cabeças decapitadas – e isso NÃO é uma força de expressão. Além disso, é claro que a série fala bastante sobre religião, o poder dos católicos e o crescimento do Protestantismo.
Logo nos primeiros capítulos achei a série parada, mas lá pelo sexto ou sétimo episódio a história começa a ganhar a força e eu não consegui mais parar de assistir. Mandei pra todo mundo: mãe, tia, amigas e papagaios e sempre dizia: passa do sexto episódio, eu juro que fica maravilhoso!
ALERTA SPOILER!
Mas, agora vamos a comparação do que realmente aconteceu e do que foi modificado pelos criadores da série. Segundo o site adelaidekanebr.com – criado por fãs da atriz – as diferenças entre o que realmente aconteceu e o que foi criado na ficção têm como objetivo tornar a série mais envolvente – o que eu concordo totalmente. Porém, algumas delas chegam a ser bastante curiosas.
A primeira diferença é encontrada na árvore genealógica dos "Valois" (os nobres que comandavam a França). Na série, Henry e Catherine tiveram 9 filhos, no entanto, na realidade esse número é um pouco maior, o casal teve 12 filhos. Adicionalmente, em "Reign", Francis (destinado a casar com Mary) possuí dois meios-irmãos, Sebastian e Clarissa, na realidade haviam três filhos ilegítimos, todos eles gerados pelo rei Henry II, e nenhum desses era Sebastian. Não há também nenhuma evidência da existência de Clarissa fora da série. Historicamente, Francis não teve nenhum filho com Mary – assim como na série – mas também não teve nenhum filho com nenhuma das damas de Mary, como acontece em "Reign" em que ele e Lola têm um filho.
Outras curiosidades que achei interessante: Francis, na vida real, possuía uma saúde bem frágil e era baixo. Todas as quatro damas de companhia se chamavam Mary, este fato foi mudado na série para não gerar confusão. A relação de Kenna com Rei Henry é ficção. Leith nunca existiu. A princesa Claude, na vida real, se casaria com Carlos III, duque de Lorena, com quem teria 9 filhos. Na série, Francis rouba a armadura de Montgomery e mata seu próprio pai, mas na realidade foi o próprio Montgomery que acertou o Rei Henry. Não há confirmação histórica sobre o estupro de Mary na França.
Espero que tenham gostado de ler um pouco sobre Reign. A série, além de cativante e emocionante, ainda te ensina um pouquinho sobre parte da história do século XVI. Não deixe de dar uma conferida.
Até a próxima.