Globo perde mais um grande ator

Oswaldo Loureiro Filho, que sofria de Alzheimer, faleceu aos 85 anos

Morreu aos 85 anos Oswaldo Loureiro, famoso pelas inúmeras novelas e mais de 30 filmes. O Diego Nunes, do Memória Cinematográfica, em texto, fotos e vídeos, conta mais sobre os 50 anos de carreira do ator

 

Morreu o ator e diretor Oswaldo Loureiro.

Oswaldo Loureiro Filho nasceu no Rio de Janeiro, em 23 de julho de 1932. Vindo de uma família de artistas, era filho de uma cantora lírica e seu pai, Oswaldo Loureiro, foi um importante jornalista e ator muito atuante na década de 1940.

O pai participou de filmes como É Proibido Sonhar (1944), Romance Proibido (1944), O Brasileiro João de Souza(1944), Asas do Brasil (1947) e Inconfidência Mineira (1948). Muitas vezes estes filmes são confundidos incluídos, erroneamente, na filmografia de seu filho.

 

 

Oswaldo Loureiro, o filho, estreou como ator apenas no ano de 1955, quando tinha 23 anos de idade e ingressou na Companhia Teatral de Henriette Morineau, debutando na peça Véu de Noiva, de Nelson Rodrigues.

 

: Oswaldo Loureiro e Fernanda Montenegro no teatro, na peça Beijo no Asfalto

 

Na televisão, seu primeiro trabalho foi na novela O Direito de Nascer (1964). O ator faria inúmeras novelas, entre elas Sangue e Areia (1968), Véu de Noiva (1969), A Volta de Beto Rockfeller (1973), O Casarão (1976), Roque Santeiro (1985), Cambalacho (1986), Mandala (1987), Que Rei sou Eu? (1989), Quatro por Quatro (1994), Mandacaru (1997), Kubanacan (2003) e Celebridade(2004).

Também foi diretor do seriado O Bem Amado (1980-1985) e dos programas Os Trapalhões (1982-1988) e Batalha dos Astros (1983), todos na Rede Globo. Sua última novela foi A Lua Me Disse, em 2005.

 

Oswaldo Loureiro em O Casarão (1976)

 

No cinema atuou em mais de 30 filmes.

Sua estreia foi em Um Caso de Polícia (1959), de Carla Civelli. Mas seu primeiro grande papel foi na comédia Sonhando com Milhões (1963), ao lado de Dercy Gonçalves e Odete Lara.

 

 

Ainda apareceu em outros filmes importantes como Mineirinho Vivo ou Morto (1967), O Homem Nu (1968), Engraçadinha Depois dos 30 (1969), Os Herdeiros (1970), As Confissões de Frei Abóbora (1971), O Beijo no Asfalto (1981), Bonitinha, Mas Ordinária (1981), Bar Esperança (1983), Parahyba Mulher Macho (1983), Atrapalhando a Suate (1983) e Leila Diniz (1987).

Também atuou em Manaus, Glória de Uma Época (Und der Amazonas Schweigt, 1963), uma produção alemã rodada no Brasil. Seu último trabalho no cinema foi em Simão, o Fantasma Trapalhão (1998), estrelado por Renato Aragão.

A ator estava afastado da vida artística há alguns anos, devido a problemas de saúde relacionados ao Alzheimer. Há alguns dias seu estado havia piorado e ele encontrava-se internado no Hospital São Luiz, em São Paulo.

Ele faleceu em neste sábado, 3 de fevereiro, aos 85 anos de idade.

 

 

Relembre Oswaldo Loureiro em Que Rei Sou Eu? (1989)

 

ASSISTA AO VÍDEO QUE O DIEGO NUNES PREPAROU clicando aqui.

 

Diego Nunes é gaúcho, formado em Rádio e TV pela Universidade Metodista de São Paulo, é pesquisador da memória cultural e artística, e sua paixão é o cinema. Além disso, atua como diretor cultural da Pró-TV, Museu da TV Brasileira, e no departamento de arquivo da Rede Record de Televisão.

Acompanhe-o pelo Memória Cinematográfica.

 

 

 

 

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