Reveillon de um homem contraditório

Nascido no interior de São Paulo, a mais novaiorquina cidade brasileira, ele dia-a-dia mostrava-se mais contraditório. Talvez pela imensa maioria de opções em todas as áreas ,das  mega-cidades ,ele aderia  à  contradição. A violência e a poluição sempre contribuem para a loucura e a bifurcação das afirmações mentais.

 Ele tinha titulo universitário, mas não gostava de bibliotecas .Era uma fera na matemática, destro e muito simpático. Frequentava exposições de arte, mas abominava à burguesia intelectual. Dizia-se um homem simples, mas em muito, o fato, não condizia.

Seus jeans em sua maioria eram Armani. Suas camisetas Louis Vuitton e Versace. Estranha simplicidade!  Se comovia com a classe pobre , com a causa animal e com a falta de educação das crianças brasileiras. Tinha  muito medo das mulheres emancipadas. Admirava as mais simples. Neste aspecto, ninguém duvidava.

 Ninguém o conhecia profundamente. Nem homens. Nem mulheres. Nenhuma ousou jamais decifrá-lo. Mesmo porque, morava na Capital paulista de maio à novembro. E no restante do ano ia para uma pousada em Fernando de Noronha . Ampliando ainda. algumas saídas do Brasil com destino a  Punta Del´Leste, no Uruguai.

Os Cassinos o encantavam e a burguesia das finanças também. Era apaixonado por filmes de ação e bons pratos da cozinha italiana. Adorava e apreciava o mar, de sua sacada santista. Era ali, que julgou ser feliz. Mas a contradição imperava. Um dia, tão depressivo desejou morrer.  

Como tudo na vida se recupera. Tudo muda. Ele também mudava a cada novo dia. De contraditório passou a acreditar mais em Deus. Já não era ateu, mas um verdadeiro panteísta.No réveillon de 2024 para 2025 foi visto no Aeroporto Salgado Filho rumando para o Rio de Janeiro.

 O que faria em terras cariocas ninguém sabia. Talvez desejasse apenas fazer uma conexão para Paris ou deliciar-se com um banho de mar no Leblon. Terra do poetinha, Vinicius de Moraes. Não seria muito ruim encontrar novas garotas de Ipanema. Ou sonhar. Ou brindar o Ano Novo.Que chegava de mansinho. Em mares e terras oficialmente, navegáveis.  (Ana D´Avila)

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