Fiquei reflexiva com uma recente matéria que li na internet. Tratava de um jovem estudante de medicina veterinária que fora indiciado por tráfico de animais peçonhentos, por não possuir licença ambiental para mantê-los em casa. Com certeza tratava-se de um jovem estudante de medicina branco e de classe média alta.
Bom, se fosse negro e de periferia provavelmente teria sido tratado na matéria como um traficante vinculado a uma região do crime.
As mídias em suas matérias são influenciadas de acordo com a cor e a classe social das pessoas, fazendo co-relação entre pobres e criminosos.
Vale lembrar do caso do filho de uma juíza federal que foi preso com mais de 200kg de drogas e ficou impune de responder pelo crime, um jovem classe média alta.
Outra prática perversa que vem gerando muito debate, o chamado “racismo algorítmico”. No compartilhamento das redes sociais de relacionamento, os grandes projetistas e programadores digitais criam algoritmos de acordo com suas próprias visões de raça, de gênero, social, política, ao ponto de projetar programas racistas e discriminatorios. Assim, se pesquisarmis no Google por exemplo sobre “mulher bonita”, os parâmetros criados remetem à imagens de mulheres loiras, altas, esbeltas, de olhos azuis, com maçãs do rosto e lábios delineados e carnudos.
E assim a injustiça se faz no seio da sociedade, a discriminação velada ocorre nas mídias e imprensa, assim as pessoas recebem oportunidades, são incluídas ou excluídas, são julgadas nos tribunais com penas que variam de acordo com o status social ou a aparência.
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