Titular da pasta municipal da Saúde não comentou, embora solicitado pela reportagem do DV, sobre o valor contratualizado com o InSaúde para administrar o Hospital Viamão a partir de 1º de julho e nem revelou qual será a fonte dos recursos
Os anúncios do governador Eduardo Leite (PSD), feitos no começo da semana para ajudar as prefeituras do Rio Grande do Sul a enfrentarem e reduzirem os problemas de superlotação das emergências, unidades básicas de saúde (UBSs) e de pronto atendimento (UPAs), incrementarem as ações de vacinação contra o vírus Influenza (da gripe), não foram considerados suficientemente claros pela secretária municipal da Saúde de Viamão, Michele Galvão. “O que a gente tem de concreto é que vem R$ 120 mil para as ações de intensificação da vacinação e R$ 318 mil para o Hospital Viamão, isso é certo que vem”, disse a secretária.
“Fora isso o governador apresentou uma proposta de implantar uma tabela SUS gaúcha, que é um complemento à tabela do Sul, federal, além de um incremento nas portas de entrada das emergências e recursos como forma de incentivo aos hospitais municipais”, continuou Michele. Segundo a secretária, esta segunda parte (tabela SUS gaúcha, incremento e incentivo) é apenas uma proposta do Governo do Estado para ampliar o investimento em saúde por conta do apontamento do Tribunal de Contas que exige a aplicação de 12% da receita na área. “É preciso ainda que o Ministério Público aceite esta proposta”, disse.
Conforme Michele, a proposta de incremento dos recursos destinados pelo governo gaúcho para a área da saúde prevê a liberação de R$ 250 milhões ainda neste ano, e mais R$ 750 milhões em 2026. “É uma ampliação de R$ 1 bilhão na saúde de todo o Rio Grande do Sul”, comentou a secretária Michele, que participou do anuncio das medidas, pelo governador Eduardo Leite e a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, na segunda-feira, dia 9 de junho. A intenção do governo gaúcho é alcançar o investimento de 12%, na saúde pública, exigido constitucionalmente, até o ano de 2030.
Hospital Viamão
Desde segunda-feira, dia 9, o prefeito Rafael Bortoletti (PSDB) e secretária municipal Michele Galvão, da Saúde, estão participando de reuniões com representantes do Instituto Nacional de Pesquisa e Gestão em Saúde, InSaúde, que vai assumir a gestão do Hospital Viamão, e do Instituto Maria Schmitt (IMAS), que desistiu da administração do hospital antes do prazo final. A secretária Michele é a principal condutora do processo de transição. “A nossa quarta-feira foi aqui, dentro do Hospital Viamão, e durante muitos dias vai ser assim, acompanhando de perto a transição” disse a secretária.
Já o prefeito de Viamão, Rafael Bortoletti, lembrou do compromisso que tornou público na sexta-feira passada, de que não iria permitir que o Hospital Viamão fechasse suas portas. “O IMAS acionou a Prefeitura informando que não teria condições de pagar a folha dos médicos de abril. Estou anunciando que iremos aportar aproximadamente R$ 1,2 milhão Para garantir que o hospital não vai parar e que os médicos serão pagos”, disse Bortoletti. E completou: “Estamos trabalhando para garantir a continuidade dos serviços e o pagamento de todos os profissionais. A saúde de Viamão é prioridade!”.