Russinho e José Ricardo Agliardi tiveram mais um dia de Bolsonaro e Mandetta. Nesta tarde (23), o titular da Saúde do município levou ao prefeito suas condições para continuar na pasta.
O encontro no Gabinete do Prefeito foi uma nova tentativa de aplainar o terreno entre os dois. Na prática, pode-se dizer que o prefeito em exercício ganhou mais uma semana para organizar as ações que tirem o município dessa crise.
Conforme a coluna apurou, José Ricardo quer autonomia para escolher seus oito diretores e 14 coordenadores. Russinho já deu aval para ao menos uma indicação pessoal do secretário: trata-se de Thais Silva Schadeck, que será secretária Adjunta. Thais é graduada em Filosofia, bacharel em Direito, pós-graduada em Ética e atualmente respondia pela diretoria de avaliação e controle da Saúde.
A lista de diretores será encaminhada amanhã a Russinho, e os nomes para as coordenadorias serão apresentados na segunda-feira (23).
Indas e vindas
Anunciado em 28 de março, a posse de fato só ocorreu nesta semana. Foram 27 dias até aqui de visível desconforto e Agliardi manifestou o desejo de deixar o cargo por duas vezes. O descontentamento, revelado pela coluna, se dá por conta dos problemas de gestão e interferências políticas do Gabinete do Prefeito na pasta.
Nesse curto perído à frente da Saúde do município, José Ricardo tentou solucionar a crise nos contratos para prestação de serviços, entre eles as gestões de 16 Unidades Básicas de Saúde, duas Unidades de Referência e quatro Centros de Antenção Psicossocial. Mais de 200 trabalhadores estão sem receber. Nesta quinta-feira (23), pelo menos seis UBSs não atenderam a população após a Associação Mahatma Gandhi anunciar que não ficará na gestão dos postos de Saúde e dos centros de Saúde Mental. O contrato da empresa com a Prefeitura venceu em março.
A secretaria é alvo de repetidas ações do Ministério Público e de duas CPIs.