Um caso de repercussão nos grupos da cidade nas redes sociais levantou uma questão que parece "batida", "fora de moda", mas que, infelizmente, sempre faz vítimas: o trote do sequestro.
Desta vez, a moradora de Viamão, Marcia Rodrigues, pediu ajuda para denunciar o trote que seu pai – um idoso de 70 anos – havia sofrido. Ela conta que como ele vive no interior de Santa Catarina, em Tunápolis, foi fácil para os bandidos o enganarem.
— Eu vejo minha família uma vez por ano. Como moramos longe, meu pai ficou muito nervoso e com medo de ser verdade e não poder fazer nada. Saiu de casa e foi seguindo todas as orientações. Claro que eles queriam muito dinheiro.
A criminosa, que se passava por Marcia, pediu dinheiro para poder ser libertada do suposto cárcere onde a mantinham refém. Sem comunicar a ninguém o que estava ocorrendo, ele foi até a casa lotérica da cidade e realizou o depósito de R$ 200.
— Era o que ele tinha com ele no momento. Porém, estava indo até uma financeira pedir um empréstimo e iria depositar mais. Só que quando ele estava saindo da lotérica, começou a se sentir muito mal. Uma funcionária percebeu, o ajudou e logo entendeu o que estava acontecendo.
Em seguida, descobriu que tudo não havia passado de um trote, ou melhor, de um golpe tradicional.
— A mulher que ajudou o meu pai me ligou, perguntou se eu estava bem e me contou o que havia ocorrido. Fiquei com muita raiva e nervosa pelo meu pai. Ele registrou BO e espero encontrar quem fez isso.
O Conselho Nacional Justiça (CNJ) orienta que o melhor, nestes casos, é desligar e procurar a pessoa supostamente sequestrada. Não deixe de informar a polícia caso possua o número de origem da chamada; um número de conta na qual seria feito o depósito do resgate ou até mesmo o número do chip para o qual seriam colocados créditos. Assim a polícia pode identificar o criminoso.
Além disso, não deixe de orientar idosos, crianças e empregados a não prolongar conversas telefônicas com desconhecidos; desconfiar de ligações de cadastro seja elas do banco, da operadora de celular ou de qualquer outra prestadora de serviço, pois costuma-se perguntar nome completo, endereço, telefones ou quaisquer outros dados que facilitam a ação do criminoso.