Na tarde do último domingo, 2, muita gente foi pega de surpresa pela “informação” de que os caminhoneiros estariam preparando uma nova greve, já para domingo que vem, 9, devido a nova alta no preço do diesel, anunciado pela Petrobras em 13%, na última sexta, 31. Rapidamente os postos de gasolina de Porto Alegre começaram a registrar filas para a abastecer e o resultado não poderia ser outro: muitos postos amanheceram sem combustível na capital.
A Sulpetro, sindicato que representa os postos no RS, alega que a falta de gasolina se deve a procura desenfreada pelo combustível em um dia de pouco movimento, como o domingo. Dois dos maiores órgãos de representação dos caminhoneiros, a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), e a Associação Brasileira dos Caminheiros (Abcam) também negam qualquer movimentação da categoria para uma nova greve. Juntas as entidades representam 1,5 milhões de caminhoneiros.
Aqui em Viamão o movimento na rede Postos da Figueira, que mantém seis postos no município e mais dois na região metropolitana, foi acentuado no final da tarde e noite de domingo e começo desta segunda. Conforme garantiu com exclusividade ao Diário, a rede não enfrente problemas no abastecimento por dois motivos: depende exclusivamente da sua frota de caminhões para abastecer a rede e por haver combustível na distribuidora. A rede também não percebeu movimentação alguma dos caminhoneiros que possa culminar em uma nova greve.
Ou seja, desta vez o pânico não foi gerado por uma categoria legítima que carrega, literalmente, o Brasil na boleia, e sim por alguma pessoa mal caráter, que com um pingo de conhecimento em formatação de documentos saiu distribuindo notas faltas pelos grupos de Whatsapp. Com tanto político sabotando o país, com tanta coisa errada acontecendo, o brasileiro ainda acha um jeito de sabotar seus iguais. Se isso não é o fim da picada, difícil saber o que é.






