As escolas viamonenses já foram destaques por causa do aumento de matrículas de alunos diagnosticados com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Segundo os dados levantados pela nossa repórter, no ano de 2016 a rede pública de Viamão contava com cerca de 60 alunos, e em 2019 subiu para 170, distribuídos nas 62 escolas. Para integrar ainda mais esse tema, pais e professores de alunos autistas se uniram e criaram a Associação Amigos dos Autistas de Viamão (AMAV).
O principal objetivo da AMAV é defender os direitos e interesses das pessoas portadoras de autismo e de seus familiares. A associação está na fase inicial, com formação de chapa para eleições. O maior interesse do grupo é a união em prol da causa tão necessitada. Aos interessados, a AMAV irá realizar a primeira Assembleia Geral Ordinária no dia 15 de junho de 2019, sábado, a partir das 16h. A reunião tem como objetivo realizar eleição e possa da Diretoria Executiva e apreciação, discussão e votação do Estatuto Social para a entidade.
A assembléia ocorrerá na Escola Setembrina, na Av. Bento Gonçalves, número 1452, no bairro Tarumã.
Juntos seremos mais fortes
A associação que está surgindo em tem como objetivo principal defender os interesses e direitos das pessoas com Autismo e suas famílias. Para que isso aconteça, o grupo promoverá atividades de formação e conscientização, além de atendimentos terapêuticos. Ao longo do ano, algumas atividades serão propostas para a comunidade, como exemplo, lazer, recreação e palestras para adolescente com preparação para o mercado de trabalho.
Segundo a Jociane Costa dos Santos, mãe do Emerson, 15 anos, portador do autismo, a instabilidade emocional de muitas famílias é abalada após o anúncio dos diagnósticos.
– Quando o Emerson tinha 8 anos, eu não achei nenhum atendimento na cidade de Viamão e só fui encontrar em Porto Alegre. Precisei alugar casa em outra cidade para que meu filho tivesse aula com profissionais adequados – explica Jociane, que concorre como presidente em uma das chapas para a AMAV.
Após as eleições, o primeiro passo será conseguir um espaço para a sede e buscar profissionais que possam atender o público, pois segundo o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) é necessário um acompanhamento multiprofissional. Além disso, e muito importante, é o acompanhamento familiar.