Wesley e Elisson: famílias protestam por informações

Jovens foram sequestrados no dia 2 de janeiro e ainda não foram encontrados / fotos: arquivo pessoal

A angústia da espera e a falta de informação sobre o paradeiros de seus filhos levaram duas famílias a protestar, hoje, em frente a 2ª Delegacia de Polícia de Viamão. As famílias querem chamar a atenção da cidade para o sequestro de Wesley Gonçalves, 15 anos, e Elisson Teixeira Telles, 18 anos, ambos moradores da vila Cecília.

Segundo o tio de Elisson, Michel Mayer, os meninos foram seqüestrados no final da tarde do dia 2 de janeiro, na rua Antônio Batista, parada 4, vila Júlia, por três homens armados que estavam em um Prisma branco.

— Eles estavam vindo de um bar, onde tinham comprado sacos de gelo, e iam em direção à casa de um outro amigo que mora por ali. Foram abordados por estes homens, que estavam com colete a prova de balas e fuzil, colocados para dentro do carro e nunca mais vimos eles. Essas informações do sequestro quem nos passou foram os próprios moradores e um amigo que presenciou a cena — conta.  

Sem antecedentes criminais e conhecidos na região, a família acredita que os dois tenham sido pegos por engano.

— Eles nunca tiveram envolvimento com nada. Eu vi esses meninos crescerem e sei que eles não fizeram nada. A gente pede para quem pegou eles que solte, a família e as mães estão em uma angústia sem fim — diz.

Carro do sequestro pode ter sido incendiado

Um carro, exatamente nas mesmas características do que os jovens foram sequestrados, foi encontrado incendiado no mesmo dia na Lomba do Pinheiro. Porém, a polícia disse que não pode confirmar se é o mesmo veículo envolvido no caso.

— Não temos a certeza, porém é muito possível que seja. Nós estamos trabalhando com várias linhas de investigação e estamos fazendo um esforço conjunto entre todas as delegacias de Viamão e a Brigada Militar para encontrar estes meninos — afirma o comissário da 2º DP, Adilson Silva.

Ainda segundo Adilson, a polícia já tem o nome de alguns suspeitos.

— Depois de todos estes dias de investigação – fomos até o litoral investigar, inclusive – nós já temos alguns nomes dos possíveis sequestradores, porém não podemos divulgar para não prejudicar o andamento do caso. Nós estamos ainda aguardando a liberação da empresa de telefonia para sabermos onde foi registrada, pela última vez, a localização deles através do sinal do celular.

Não podemos afirmar que eles estão vivos

Adilson diz que a polícia está tentando, de todas as formas, encontrar alguma evidência de que os jovens estão vivos. Porém, tudo ainda é uma incógnita.

— Não sabemos dizer se vamos encontrá-los com vida.

A família, mesmo com esperança, já se prepara para todos os tipos de desfecho do caso.

— Se já tiver acontecido o pior, gostaríamos pelo menos de poder dar um enterro digno para eles — lamenta Michel.

Quem tiver informações, pode ajudar

Amigos e familiares estão atrás de qualquer informação que possa levar ao paradeiro dos jovens. O caso ganhou repercussão estadual e chamou a atenção da imprensa. Quem souber de alguma pista, o telefone para contato da 2ª DP é (51) 3435-9000.

Onda de desaparecimentos

Este é o segundo caso de repercussão envolvendo o desaparecimento de jovens.

O primeiro foi o de Lucas Fernando Garcia de Souza, 23 anos, que saiu para trabalhar na manhã do dia 17 de novembro, no Beco dos Cunha, e nunca mais foi visto. Ele morava sozinho com o irmão mais novo há pouco mais de três meses.

Sem antecedentes criminais, trabalhador, feliz com a namorada, a família não sabe explicar o que aconteceu e a polícia ainda procura por alguma pista que possa levar ao encontro do jovem.

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