O Check-Mate de Anitta
Depois de muita espera, Anitta finalmente lançou a última música do seu projeto Check-Mate, que trouxe diversas parcerias internacionais da cantora. Vai Malandra foi lançada na segunda-feira, 18, e desde então só envolvida de polêmicas. Primeiro pela celulite exposta no clipe, depois sobre o funk e conteúdo da música e também sobre mostrar a periferia brasileira. Para mim, foi uma ótima estratégia de marketing por parte dela: mostrar sua versatilidade musical indo atrás de um pop genérico e depois voltar para suas raízes, o funk, e mostrar esse estilo brasileiro para o resto do mundo – que aparentemente está adorando. Muita gente já gostou e diz que é a música do verão; outras continuam falando mal. E, como dizem, "falem bem ou falem mal, mas falem de mim", ela já está entre as mais ouvidas do Spotify brasileiro e mundial, junto de Downtown, sua música com J Balvin. Já no YouTube, o clipe bateu o recorde da própria cantora e é o vídeo brasileiro mais visto em 24h após o lançamento e já soma mais de 35 milhões de visualizações. Confira:
Sequência de Mamma Mia!
O musical Mamma Mia!, famoso na Broadway e pela sua adaptação cinematográfica com Meryl Streep, vai ganhar uma sequência no cinema. Desta vez, a história vai mostrar um pouco do passado, quando Donna conheceu os três homens do primeiro filme. As músicas do ABBA continuarão na trilha sonora, e ainda teremos uma participação especial de Cher! O filme deve chegar dia 19 de julho no Brasil. Confira o trailer de Mamma Mia! Here we go again
Resenha: Após o anoitecer, de Haruki Murakami
Então ele se senta e abre a internet. Rolando a página do Facebook, abre diversos links que as imagens e título lhe chamam a atenção. Assim, para em uma resenha de livro, para saber sobre o que se trata.
É mais ou menos assim que Haruki Murakami narra o livro Após o anoitecer. Terminei de ler esse livro essa semana e achei sensacional essa forma diferente do narrador aparecer. Ele descreve os detalhes e diz exatamente onde devemos olhar. Ora vemos a cena aberta, ora a "câmera" foca em detalhes. E assim a história vai sendo construída. Confere a sinopse:
"No centro da trama estão duas irmãs. Eri é uma top model que, como uma Bela Adormecida moderna, caiu em sono profundo e parece nunca mais acordar. Mari, a mais jovem, é uma menina reservada e solitária que deixou a casa dos pais para vagar sozinha pela madrugada. Mergulhada na leitura de um livro numa lanchonete da cidade, acaba se envolvendo em uma aventura. Primeiro, encontra um trompetista de jazz que jura conhecê-la. Depois, ajuda a socorrer uma prostituta chinesa brutalmente espancada e, ao lado das funcionárias do motel onde o crime ocorreu, tenta descobrir o culpado."
Após o anoitecer se passa num curto período de tempo, tendo até um relógio para nos auxiliar. No início de cada capítulo, os ponteiros marcam que horas eram no acontecimento. Tudo se passa em uma única madrugada, 200 páginas da mesma noite, capazes de te manter até o amanhecer acordado. A narrativa prende e, apesar de por vezes ser um pouco lenta, queremos explicações sobre os personagens e suas atitudes. São diversas perguntas sendo respondidas aos poucos, até um final que te faz parar e pensar como cada pessoa é diferente da outra e cada uma tem a sua história.
A história tem as irmãs Eri e Mari como foco principal. Enquanto uma fica deitada e nós não descobrimos o que aconteceu com ela, a outra acaba sendo o ponto em comum para praticamente todo resto dos acontecimentos. Durante a leitura, eu tive a impressão que não acontecia nada e que acontecia muito ao mesmo tempo. Melhor dizendo, é um livro que não é feito de cenas de ação, correria. O ritmo é bem tranquilo, as horas passam junto da leitura, quase como se estivéssemos ouvindo uma história. Ao mesmo tempo, acontece muito por trazer diversos assuntos a tona – de abuso a mulheres até a máfia chinesa.
Além disso, o livro se passa em Tókio, no Japão. É uma realidade diferente e que foge do "padrão estadunidense" que estamos acostumados a encontrar por aí. Me dei conta disso durante o livro, quase na metade, quando me dei conta que, na minha mente, eu imaginava diversos personagens como ocidentais. Quando parei para pensar nisso, fiz uma nova escalação atores imaginários, para readequar à realidade da história. Afinal, porque mais eu estaria imaginando os personagens de Tókio como ocidentais? Não faz muito sentido. Nosso costume de centralizar tudo na América do Norte faz isso.
Vale a pena a leitura? Muito, ainda mais quem quer algo para as férias. Descobri Haruki Murakami há pouco e até agora estou amando tudo que leio dele – o que é ótimo para variar a estante de livros. Tanto para quem está querendo alguma leitura diferente, que não seja um best-seller, tanto para quem quer um livro que faça devorar as páginas até acabar. Ou ainda para quem quer passar a madrugada lendo até o dia amanhecer, como acontece no livro.