Alguém sabe que rua é essa?

Cel. Marcos, no Centro, uma das poucas ruas que tem placas - antigas, de metal, com pelo menos 20 anos | Foto: Rodrigo Becker

Projeto de lei aprovado pela Câmara e ideia do governo para encher a cidade de placas com a identificação das ruas se opõe – que bom: pelo menos, algo vai sair

 

Ajudar quem anda por Viamão e não sabe onde fica uma ou outra rua.

Essa era a ideia do vereador Jessé Sangalli (PSDB): que se permitisse o uso de espaços publicitários para financiar placas de identificação para as ruas do município. Fez projeto, aprovou na Câmara e tudo. Bem simples: comerciantes e empresários poderiam fazer a placa e usar a publicidade sobre ela na forma prevista pelo Código Brasileiro de Trânsito, o CBT.

Lá, há uma regulamentação sobre esses espaços, medidas, tipo de placa – tudo, enfim.

— Minha ideia é de que isso pudesse ser usado pelos pequenos comerciantes nos bairros. Uma medida para por mais placas nas ruas — argumenta Jessé.

A ideia é boa — mas o governo pensa um pouco além.

 

No radar da EPTV

 

Os planos da Empresa Pública de Trânsito de Viamão — EPTV são mais ousados.

— Acreditamos que as placas de identificação das ruas fazem parte de um sistema de publicidade em equipamentos públicos e de mobilidade. Ainda estamos em fase de estudo para implementá-las e também em veículos e paradas de ônibus, por exemplo — explica o presidente da EPTV, Paulo Ricardo Schwartzhaupt.

O sistema já existe em cidades como Gravataí, Cachoeirinha, Alvorada e Porto Alegre — mas Paulo Ricardo tem buscado referências em lugares onde além da licitação para publicidade, também haja uma empresa pública que cuida do trânsito.

Como em Viamão.

— A gente está estudando como eles estão fazendo por lá e vendo como pode ser aplicado aqui.

Sorocaba, Porto Alegre, Belo Horizonte e Santo André estão no radar da EPTV. Por lá, além das placas que identificam ruas, paradas e janelas traseiras de ônibus, de veículos escolares e táxis também entram no pacote da publicidade para mobilidade urbana.

 

Primeiro, a estruturação

 

Paulo Ricardo, no entanto, é reticente sobre um prazo para abrir a licitação e mesmo sobre o modelo que ela deve ter na cidade: se vai ser dividida em partes, se a empresa vencedora abocanha tudo, se ônibus ficam dentro ou fora.

— Estamos em fase de estruturação da EPTV — resume.

Ônibus podem mesmo ficar de fora: a publicidade nas janelas traseiras — também conhecida como busdoor — está prevista no edital de licitação do transporte municipal, recentemente liberada de disputas judiciais. Segundo a EPTV, hoje, a frota de veículos do transporte coletivo municipal conta com 59 ônibus, 140 escolares e 120 táxis.

LEIA MAIS

Balada Segura: 82 veículos abordados e 29 infrações

 

Participe de nossos canais e assine nossa NewsLetter

Compartilhe esta notícia:

Facebook
WhatsApp
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Conteúdo relacionado

Receba nossa News

Publicidade

Facebook