Apenas 60 dias depois do nascimento, a pequena Izabelly já passou a apresentar os primeiros sintomas do que veio a se confirmar com um ano de idade: a alergia alimentar múltipla. Ou seja, seus hábitos alimentares se tornaram extremamente restritos, para assim evitar as complicações que ela costuma apresentar, como diárréia, vômito, falta de ar e até pneumonia.
Mesmo com o diágnóstico, a menina tem dificuldade de ganhar peso e já apresenta desnutrição e outros problemas de saúde relacionados.
— Ela tem alergia a leite de vaca, soja, grãos, como amendoim, castanha. Só pode se alimentar de arroz e feijão, legumes, verduras e frutas. Ela não ganha peso, tem atrasos neurológicos, falhas no desenvolvimento, chora de dor quase todos os dias, não é normal. Se é doloroso para um adulto, imagina para uma criança que tem apenas um ano e três meses — diz a mãe, Kamila Celestino.
Uma das únicas alternativas apresentadas pela médica seria um leite especial, destinado a portadores de alergias alimentares. O problema é que a família não tem condições financeiras de comprar o produto, já que cada lata custa aproxidamente R$ 300 e dura apenas dois dias.
— Semana passada deveríamos ter iniciado a nova dieta dela, mas não temos o leite para começar e ela não irá melhorar sem o consumo. Por isso, ela ficará internada no Hospital Santo Antônio, em Porto Alegre, por vinte dias, para fazer exames e também para melhorar o estado atual dela.
Além da família, Kamila pretende contar a ajuda de amigos e pessoas que se sensibilizem com a situação da família, moradora do Beco dos Cunhas. Para quem quiser entrar em contato, o telefone é (51) 99718.9822
Prevenção da alergia múltipla
Conforme o site Guia Infantil, é possível prevenir ou retardar a aparição de alergias em crianças mediante intervenções dietéticas que se iniciam desde a gravidez. Em mães com antecedentes alérgicos, recomenda-se evitar durante a gravidez os alimentos alergênicos tais como, leite, ovo, pescados, mariscos, amendoim e soja, e substituí-los por outros que não comprometam seu estado nutricional, complementando com cálcio quando necessário. A mãe deve continuar evitando os alimentos durante o aleitamento materno exclusivo e mantê-lo por no mínimo seis meses, já que alérgenos alimentares podem ser transmitidos através do leite materno.





