Bombeiros lutam contra o tempo para controlar incêndio em santuário natural do rio Gravataí

Foto: Patrulha Ambiental da Brigada Militar

A cena desesperadora é daquelas vistas na televisão em queimadas de grandes proporções que atingiram a Amazônia no ano passado. O santuário ecológico do Banhado Grande, responsável pro abrigar e preservar a vida natural que circunda o Rio Gravataí arde em chamas pelo terceiro dia consecutivo. Vento, falta de chuva e as condições do solo contribuem para retardar o trabalho das equipes que avançam com dificuldade por terra e ar para enfrentar o fogo . É o segundo incêndio na região neste mês de abril. Ainda não há detalhes sobre o número de hectares destruídos e as causas são desconhecidas até o momento.

De acordo com o secretário Estadual do Meio Ambiente (Sema), Artur Lemos a estiagem torna o banhado mais seco. A vegetação acumulada no solo forma uma espécie de palha, e esse material orgânico é combustível natural que favorece a propagação do fogo.

Os bombeiros de Gravataí tabalham dia e noite no combate às chamas, que consumem arbustos e plantas da superfície. O helicóptero da Patrulha Ambiental e aviões particulares de pequeno porte lançam lançar água sobre a área queimada. Máquinas de agricultores da região também foram requisitadas.

 

Foto: Patrulha Ambiental da Brigada Militar

 

Problema recorrente

O presidente da APNVG, Paulo Müller, defende uma investigação no trecho queimado.

– O banhado está muito seco, tem uma quantidade enorme de matéria orgânica. Até um raio pode ter feito isso, mas não descartamos nenhuma hipótese, a perícia vai dizer se foi algo provocado ou natural – conclui Müller.  

 

O que é a APA

 

A Área de Proteção Ambiental do Banhado Grande abrange parte dos Biomas Pampa e Mata Atlântica e ocupa 2/3 da bacia hidrográfica do rio Gravataí. Está localizada entre os municípios de Glorinha, Gravataí, Viamão e Santo Antônio da Patrulha, com uma área de 136.935 hectares.

A vegetação original é composta predominantemente de banhados e matas de restinga, sobre o solo arenosos da Coxilha das Lombas, que é uma região de paleodunas remanescente das transgressões e regressões marinhas. Atualmente, a APA possui em seu território áreas urbanas e de atividades agropastoris, predominando o cultivo de arroz.

O objetivo da criação da APA é a proteção dos banhados formadores do rio Gravataí (Banhado Grande, Banhado do Chico Lomã e Banhado dos Pachecos), compatibilizando o desenvolvimento socioeconômico com a proteção dos ecossistemas naturais preservados e recuperando as áreas degradadas.

 

 

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