Brigada Militar e Corpo de Bombeiros: duas instituições necessárias

A separação dos Bombeiros da Brigada Militar é uma reivindicação antiga dos profissionais que trabalham na prevenção de incêndios e salvamentos, pois está prevista essa divisão de atribuições na Constituição Federal de 1988.

São missões completamente diferentes a atividade de policiamento ostensivo e de prevenção de incêndios, pois existem necessidades de equipamentos e viaturas diferenciados, precisando de verbas orçamentárias específicas para a aquisição dos materiais para a execução das atividades, porém no Rio Grande do Sul, o Corpo de Bombeiros permaneceu junto à Brigada Militar, sendo um dos poucos Estados com essa forma de funcionamento.

O Corpo de Bombeiros não se desenvolveu, pois não recebeu investimentos do governo estadual, bastando comparar o número de pessoal e estrutura existente, muito aquém do que seria necessário para cumprir o mínimo das atividades de prevenção e combate a incêndios, além das missões de salvamentos e defesa civil.

Infelizmente Brigada Militar e Corpo de Bombeiros, juntos ou separados, não foram prioridades governamentais, basta verificar o caos que enfrentamos no sistema de segurança pública, onde até presos esperando em porta malas de viaturas são realidade, enquanto várias estações de Bombeiros estão fechadas por falta de efetivo e horas-extras.

A independência dos Bombeiros é realidade em quase todos os Estados brasileiros, enquanto que no Rio Grande do Sul isso vem sendo discutido há anos, com alteração constitucional aprovada em 2014 e aguardando ser implementada na prática, sendo adiada por interesses políticos, corporativos e individuais que atrasam o processo.

A tragédia da Boate Kiss expôs que a prevenção de incêndios estava defasada no Estado, pois faltaram equipamentos e efetivos para fazer frente ao grande incêndio, infelizmente, a partir desse fato conseguiu se entender que prevenção de incêndios é assunto sério e que precisa de investimentos e legislação específica para funcionar.

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