O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) acaba de cassar o prefeito Miki Breier (PSB) e o vice Maurício Medeiros (MDB) por abuso de poder econômico e político nas eleições de 2020.
Assim que for publicado o acórdão, o presidente da Câmara Cristian Wasem (MDB) será o novo prefeito de Cachoeirinha até que, em até 90 dias, seja marcada nova eleição.
Por 7 a 0, além da cassação dos diplomas eleitorais, Miki foi condenado a uma inelegibilidade de 8 anos e multa de R$ 21 mil.
Maurício não foi considerado inelegível e pode concorrer no pleito suplementar.
Maurício exercia o cargo de prefeito após o afastamento de Miki em 30 de setembro, por ordem da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, sob suspeita de corrupção nas operações Proximidade e Ousadia do Ministério Público.
No julgamento que começou às 14h desta terça-feira, o desembargador Francisco José Moesch, que tinha pedido adiamento na última sessão, seguiu os pilares do voto do relator, o desembargador federal Luis Alberto Aurvalle, que apontou diferentes responsabilidades de Miki e Maurício no pagamento de vantagens financeiras a servidores públicos, o que é vedado em período eleitoral.
Ainda cabe apelação ao próprio TRE, o que já foi confirmado ao Seguinte: pelo advogado André Lima, além do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Supremo Tribunal Federal (STF), o que, em caso de exito, faz com que os cassados retomem os diplomas eleitorais.
A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) que levou a cassação foi movida pelas coligações de Dr. Rubinho e Antônio Teixeira, candidatos derrotados nas eleições, o que já detalhei nos artigos Cachoeirinha pode ter nova eleição em 2022 e Miki e Maurício inelegíveis até 2028; MP incendeia julgamento de cassação pelo TRE e O que diz defesa de Miki e Maurício sobre ameaça de nova eleição: ’Perdedores nas urnas tentam alterar os fatos’; O Efeito Orloff.
O Seguinte: busca contato com Miki e Maurício. A qualquer momento novas informações.
Ao fim, cumpra-se.
Minha análise já apresentei em É absurda cassação de Miki e Maurício pelo TRE.
Inevitável repetir: pobre Cachoeirinha!, parada há dois anos pela política, suas CPIs, impeachments, políticos reféns e, agora, novas esperanças à venda na eleição suplementar.