Carlos Bennech, o coringão do PMDB

Carlos Bennech em selfie com a equipe do mandato em março deste ano, na praça da Santa Isabel

Vereador de dois mandatos pelo PMDB e ex-secretário da Fazenda do PT, pode compor o governo ou assumir na Câmara, caso os votos de Sérgio Ângelo sejam anulados no TSE

 

Depois de passar o final de semana com a família em Cidreira, no Litoral Norte gaúcho, o vereador Carlos Bennech (PMDB) vai começar a semana torcendo para até a sexta-feira o TSE mude o entendimento do TRE e anule os votos de Sérgio Ângelo, do PV. Não que tenha algo contra o candidato – pessoalmente, não tem nada.

É que sem os votos de Sérgio Ângelo na legenda do PV, Bennech se torna vereador pelo segundo mandato consecutivo.

Até que uma decisão final sobre o caso saia – e todos sabem que, em se tratando da justiça brasileira, pode demorar -, Bennech segue cotado para assumir um cargo no primeiro escalão do governo André Pacheco. Mais de um, na verdade. Bennech virou uma espécie de coringão no baralho do prefeito eleito e na imbricada montagem do seu time de gestão.

 

Fica 1 para Educação

 

A primeira opção para Bennech é a Secretaria da Educação. Ele quer, inclusive. E o PMDB também. Com o aval de Sarico Moura e Jair Mesquita, os capos do partido. E o amém de Russinho Elias, vice eleito e aliado de Bennech nas internas do PMDB.

Evandro Rodrigues, tucano como o prefeito eleito, também levantou o dedo para ser secretário da pasta. Mas a pouquíssima experiência para comandar o maior orçamento do município e todas as demandas que vem de lá o tornam uma escolha improvável.

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Evandro Rodrigues na Educação: uma improvável escolha

 

Bennech, por outro lado é professor, foi diretor do Walter Jobim, trabalhou na Secretaria de Educação do Estado e teve uma experiência como secretário da Fazenda, no governo Ridi – na época em que ainda era do PT.

Não é verde, portanto. E está empolgado com a ideia.

– O plano é dar continuidade ao trabalho que vem sendo feito, melhorar nossos índices no IDEB, qualificar a educação. Isso me motiva – resume o vereador.

Ele não rechaça assumir outra pasta, mas claramente seu foco está na Educação.

– A Fazenda, por exemplo, não seria uma experiência nova, um novo desafio.

 

Cuidando do cofre

 

Bennech surgiu com alguma força esta semana para a Fazenda com a ausência de nomes com qualidade para assumir uma função tão importante. Liziane Braum, atual titular do posto, não teria confirmado se fica.

Um amigo da secretária disse ao Diário que ela e o marido, o advogado Adler Baum, estariam de mudança para Porto Alegre, onde ele trabalha no escritório do famoso criminalista Jader Marques.

Outra: a ideia geral de André Pacheco é que poucos permaneçam nos mesmos lugares em que estavam no governo de Valdir Bonatto. Mudanças desacomodam os conformados – e as tiram das zonas de conforto.

Nada melhor para um governo quando a equipe começa se sentindo desafiada – mesmo que as pessoas sejam as mesmas.

Nessa lógica, Bennech poderia compor a Secretaria da Fazenda com relativa tranquilidade.

 

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