Em um dos dias mais quentes do verão, o prefeito André Pacheco e seu vice, Russinho Elias, subiram as escadarias da Câmara para posse, os discursos e as lágrimas
Não tem posse sem emoção, é verdade.
Nem para André Pacheco, um "semi-estrante" – ele foi o vice de Valdir Bonatto em 2012, mas uma eleição apenas sob o seu nome, é a primeira -, nem para o comendador Antônio Ávila, que assiste cerimômias desse tipo sempre que pode desde os anos 70 – ou antes disso, nos tempos que trabalhava com João Goulart.
– E é sempre emocionante de um jeito diferente – lembrou o veterano diante do discurso do prefeito.
Quando André Pacheco subiu à tribuna da Câmara para fazer seu juramento e, em seguida, conversar com uma platéia que lotou completamente o plenário da Câmara, o saguão e parte da sombra que a marquise fazia diante do prédio, passava pouco das 11h da manhã. Os termômetros marcavam 31 graus.
– Essa é a culminância de uma caminhada iniciada há 10 anos, na Associação Comercial, a ACIVI, e que me trouxe até a condição de vice na chapa com o professor Bonatto – começou André Pacheco.
– Não me canso de repetir: Bonatto foi o maior prefeito da história dessa cidade.
Grande parte do público, formado por integrantes do novo governo, familiares e convidados dos vereadores, aplaudiram as declarações.
Quando lembrou da família – a esposa Vanessa e os filhos Vicente e David, e os pais Breno e Leci -, André se emocionou.
– É difícil ser da família de um político, quando o cartão ponto da gente tem 24h.
André aproveitou o momento do discurso para dar boas-vindas ao secretariado que assume com ele e defender a caminhada o que levou até ali.
– Tenho muito a agradecer a maçonaria, aos empresários do município, em especial aos que pertencem ao grupo Viamão que Queremos.
Viamão que Queremos é um grupo de empresários e homens da cidade que em meados de 2011, começaram uma série de reuniões para planejar ações para cidade crescer pelos próximos 20 anos. São a casa do projeto político que está a frente do governo hoje.
– E tenho muito a agradecer ao professor Bonatto, por esse convívio estreito nesses últimos anos e por tudo que ele deixa de legado para cidade.
Russinho Elias, por sua vez, também elogiou o prefeito que se despedia, Valdir Bonatto – e lembrou dos anos em que ocupou o plenário daquela casa como vereador.
– Meu irmão Miguel dizia que a gente tinha que trabalhar muito para chegar aqui e depois, ser prefeito ou vice. Agora, é realidade.
Russinho se emocionou ao lembrar a tradição da família na Câmara.
– Tu Evandro, agora, tem a responsabilidade de carregar o nome da nossa família aqui dentro – disse, olhando em direção ao genro Evandro Rodrigues, eleito vereador pelo PSDB e empossado na mesma solenidade que Russinho.
