Deputado apresenta projeto de lei proibindo zoológicos no RS

Quando eu estava na quinta série do ensino fundamental, recebemos do professor de artes, Miguel, desenhos para colorir. Eram animais circenses como elefantes, focas e leões segurando faixas onde se lia "Circo legal não tem animal". Junto com a ilustração, o "sor Miguel" deu uma aula de cidadania, explicando como é que os animais "aprendiam" os truques executados nos picadeiros. A história da chapa quente em que os elefantes eram obrigados a pisar quando ouviam determinada música para aprender a dançar, foi uma das revelações que mais choracam a turma. Na minha cabeça, sozinho em meus pensamentos, ficava imaginando se seria legal mesmo um circo sem animais. Cirque Du Soleil e o gaúcho Tholl são a prova viva de que é óbvio que sim. A arte circense ficou mais linda sem animais, não há como negar.

Na última semana o deputado estadual recém eleito Rodrigo Maroni protocolou um projeto de lei na Assembleia Legislativa proibindo em todo o estado do Rio Grande do Sul o cerceamento de liberdade dos animais em zoológicos. De acordo com a proposição, considera-se zoológico e mini zoo todo espaço de confinamento de animais privados de sua liberdade para garantir a diversão de visitantes.

Para Maroni, animais não devem ser instrumentos de diversão humana.

– Todo ser vivo deve ter sua existência preservada de acordo com sua natureza, animais selvagens no seu habitat natural e domesticados sob proteção humana.

O projeto do deputado do Podemos, é importante para os protetores de animais, na medida que representa o reconhecimento destes lugares como prejudiciais para os animais. No Rio Grande do Sul os dois maiores exemplos de empreendimentos deste tipo são o Zoológico de Sapucaia do Sul e o Pampa Safari, de Gravataí. A fundação que mantinha o Zoo foi extinta pelo governo Sartori na última legislatura e vive dias de incerteza. Já o Pampa Safari fechou as portas e seus animais, principalmente os cervos estiveram no centro da discussão da causa animal com a decisão da justiça de abater estes animais por estarem doentes. 

Entretanto é preciso fazer a diferenciação entre zoológico e reservas ambientais. 

– Porém, sabemos que há animais selvagens que, ou por terem nascido em cativeiro ou por terem sido retirados da natureza sem possibilidade de retorno, devem estar sob cuidados humanos em santuários, não em zoológicos – diz em material enviado a imprensa.

 

QUEM É RODRIGO MARONI 

Aos 37 anos, é natural de Porto Alegre e trabalha com proteção animal atendendo casos do Brasil inteiro. Foi reeleito em 2016 para a Câmara de Vereadores de Porto Alegre com 11.770 votos. Em 2018, na sua primeira eleição, conseguiu 26.449 votos dos gaúchos, destes 2093 votos de viamonenses, sendo a cidade com sua terceira maior votação. Entrer os eleitos, Maroni foi o quinto mais votado em Viamão. A proximidade do parlamentar com o município se dá pelo intenso trabalho de protetor dos animais, tendo realizado muitos resgastes em Viamão. 

O trabalho do parlamentar está focado no resgate de animais domésticos e silvestres, principalmente nos casos de maus tratos, zoofilia, atropelamentos e cães e gatos abandonados nas ruas.

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