Duda Peres (PSDB): a voz da periferia e da juventude

O Sextilho da Vereança – O DV está publicando uma série de entrevistas com os 21 vereadores eleitos para a legislatura 2025-2028. Seis perguntas, jogo rápido, sem burocracia. A personagem desta reportagem faz sua estreia na Câmara, trazendo energia e juventude para a tribuna.

Com 1.395 votos, ela foi a 13ª mais votada na lista geral, sendo a segunda suplente da pesadíssima nominata do PSDB. Assumiu na vaga de Marcia Culau e leva para a tribuna um discurso afiado em favor das causas sociais e da juventude das periferias.

1 – Por que decidiu ser vereadora?
Sempre me interessei por assuntos que envolviam política, mas nunca me via como política. Jovem, mulher e sem padrinho político, aquele cenário me afastava de uma visão concreta de que um dia eu poderia estar ali. A desigualdade social sempre me incomodou muito e quando iniciei na Câmara de Vereadores, em 2016 como estagiária, eu percebi que se eu quisesse dar voz para causas, pautas e lutas que eram pertinentes e carentes em nosso Município, eu precisaria me desafiar, e fazer com que mais pessoas, pudessem ter no poder legislativo, uma opção de identidade e sonhos.

2 – Como enxerga Viamão hoje?
Vejo nosso Município em uma sequente evolução, seja no desenvolvimento econômico ou no desenvolvimento social. Creio que por muito tempo a falta de planejamento urbano impactou na estrutura dos nossos bairros, formando diversos desafios para a mudança do cenário estrutural e cultural. Mas hoje somos um dos Municípios que mais cresce na região metropolitana e isso reforça a atração para migração de moradias e investimentos. Temos muito que avançar, mas se tornamos o que sempre sonhamos para a nossa cidade: uma cidade próspera.

3 – Primeiro projeto a ser apresentado nessa nova legislatura?
Já venho trabalhando antes mesmo da oficialização da vereança em um projeto que reforce a oportunidade de empregabilidade para beneficiários do Bolsa Família. Quero trabalhar pela geração de renda e superação de pobreza, fomentando a mão-de-obra integrada ao desenvolvimento econômico municipal.

4 – Que áreas considera importante que o novo governo deva dar prioridade?
Desenvolvimento Social, Desenvolvimento Econômico, Meio Ambiente e Habitação. Ambas de certa forma estão integradas, mas precisamos de um cuidado prioritário para que elas funcionem de forma engrenada. Estamos vivenciando uma mutação social, ao qual exige dos governantes um compromisso ainda maior com pautas prioritárias que podem ser devastadoras e fatais para nossa sociedade. O governo municipal lida com desafios extremos de arrecadação tributária, fazendo com que a maior demanda fique para o Município e por consequência a menor arrecadação e isso também impacta em como o executivo e legislativo trabalharão para que todas as pontas entreguem um planejamento possível e executável para os cidadãos.

5 – Quanto à relação da Câmara de Vereadores com a sociedade, como entende que poderia haver mais transparência, mais interação? Como aumentar a credibilidade da Câmara?
Um dos principais objetivos que tenho enquanto estiver em exercício na casa é fazer com que o cidadão viamonense compreenda aquele espaço como dele. Tornar as pessoas o centro de tomada das decisões aproxima o discurso da necessidade social. Necessitamos de uma escuta qualificada, um acolhimento compreensível, mas primordialmente um encaminhamento responsável. As pessoas precisam compreender quais as responsabilidades do executivo e legislativo para que não haja confusão nos papéis, porém nos enquanto vereadores também somos a ponte para tornar possível a resolução de dificuldades e problemas na prática. Estaremos na rua levando transparência e informação do funcionamento político da nossa Viamão para que as pessoas possam participar dos espaços que de direito delas.

6 – Que legado gostaria de deixar após os quatro anos de mandato?
Um mandato que zele pela inclusão e modernidade política. Quero que os projetos e decisões possam ter por base dados, evidências e diagnósticos tornando a política um ambiente de seriedade e compromisso, onde mais pessoas possam enxergar aquele cenário como possível, e que essas pessoas observem a qualificação e dedicação em prol da escolha daquele ou daquela que irá lhe representar, independente da esfera de atuação.

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