Flashes de Santana

Faz hoje uma semana de sua partida. Em vários veículos foram publicadas Crônicas  sobre ele. Como não poderia deixar passar,saliento aqui, alguns momentos do conturbado e genial Paulo Santana. Que como colega, passou como um flash em minha escalada profissional.

Acho que um dos momentos de maior  genialidade intelectual do jornalista Paulo Santana foi quando em 1995, com o psicanalista Paulo Rebelato dividiram diálogos no Programa “ Conversas” da TV Com. Uma das pautas, falava do tédio conjugal. E foram memoráveis as inquietações de Santana com o tema. E muito mais instigantes as respostas dadas aos telespectadores pelo  Dr. Rebelato.

Conheci Paulo Santana em 1979 quando fiz estágio do Curso de Jornalismo na RBSTV. Diariamente via o Santana chegar à redação. Figura de destaque, movia todos os holofotes. Meus contatos com ele, assim como na época de meu estágio, foram meteóricos.

 No Curso de Jornalismo lá na PUC/ Famecos também cruzei com ele. Um dia homenageando o Brasil, ele se vestiu todo de verde e amarelo. Até hoje não sei onde ele comprou um guarda-chuva verde que acompanhava seu visual. Santana cursava Direito na PUC. E assim como na televisão continuava chamando a atenção.Desta vez, dos estudantes da Universidade.

Um destaque inesquecível dele foi num Carnaval desses. Ele desfilou no Bloco da Rádio Gaúcha. O pitoresco foi que o samba dançado por ele na avenida, tinha jeito de tango. Foi muito divertido. Assim como num verão escaldante de Porto Alegre.

A capital e várias outras cidades do Rio Grande do Sul passavam por uma seca nunca antes vista. Não chovia por dois meses. O Morro Teresópolis, por combustão espontânea, chegou a pegar fogo. E o Paulo Santana no Jornal do Almoço daquele dia, interpretou com sua mania de cantor, a música “Pau de Arara” do compositor Luiz Gonzaga. Foi muito hilário,apesar de retratar a realidade da secura do ar na Capital.

 Um dia relembrando todos estes tópicos descobri o celular dele e liguei. Ele parecia preocupado. Falei que ele era um excelente cronista e que eu o parabenizava. Ele agradeceu. E no final disse: “estou muito doente”. E realmente estava.

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