Política do pão e circo. Era o modo com que os líderes romanos lidavam com a população em geral, para mantê-la fiel às diretrizes do governo e fidelizar o apoio. Com falta de informação, o povo só se preocupava com o alimento e o divertimento.
Renato é o alimento para parte da faminta nação de Três Cores. Renato também é o divertimento para parcela da imprensa e da opinião pública que, com ele, voltará a ter manchetes lacradoras, capas rentáveis e entrevistas “arrasa quarteirão”.
Capitaram?
Com Renato, a direção novamente lava as mãos, se omite e transfere a responsabilidade. Supera-se como gestão amadora e refém do pensamento mágico. Ao devolver a “chave do vestiário” para Portalupi, entretanto, reconecta o time à torcida. Circo, pão, paixão e futebol.
Recentemente, Dorival Júnior devolveu brilho, desempenho e rendimento ao milionário Flamengo. Com um novo desenho e repertório tático pra dar e vender, usando 2 centroavantes: Pedro e Gabriel Barbosa. Inclusive, praticamente carimbando o passaporte do primeiro para a Copa do Qatar.
Quando foi goleado pelo Flamengo de Jorge Jesus, na Libertadores 2019, Renato vociferou mais ou menos assim: “Com um elenco de R$ 200 milhões até eu”. Deve ser por isso que, em regra, as estátuas não falam! Os deuses do futebol fizeram de Renato, tempos depois, treinador do Mengão. O resultado todos conhecem: endossou a fila dos mais de 10 milhões de desempregados no Brasil. E mais: deixou, inclusive, de ser opção como sucessor de Tite na Seleção (contém ironia).
“O Grêmio não me chama, o Grêmio me convoca”. Renato é célebre ao fisgar o emocional do torcedor. Aprovação esmagadora. Redes Sociais em polvorosa. Alguns exagerados, inclusive, sonhando com a “volta do melhor futebol do Brasil”. “O Pai deles”, escrevem outros, em alusão ao lado vermelho do Estado.
Calma, amigos e amigas! Talvez em 2023. Para o último trimestre de 2022, o objetivo é apenas um: chegar em quarto na vexatória Série B. Sim, eis a triste e patética realidade. Situação, diga-se de passagem, também criada por Romildo e Renato. Eis a insanidade do momento.
Mesmo por linhas tortas, porém, tomara que dê certo. A nação de 3 cores, definitivamente, não merece mais uma temporada de calvário…