Grêmio: início mágico e promissor da Era Suárez

A noite beirou a perfeição. Arena lotada, grande futebol apresentado, conquista do Tetra da Recopa-RS e estreia de Luís Suárez com direito a 3 gols em incríveis 38 minutos.

É preciso considerar a fragilidade e a ingenuidade de marcação do São Luiz, evidentemente. Todavia, o tricolor voltou a jogar futebol — na comparação com ele próprio — após 2 anos de maldito calvário. Se não houve grandes mudanças de mecânica, os 10 reforços surgem como ponto alto para a temporada.

A começar pelos laterais também presentes na ação ofensiva. Ora por dentro, ora por fora. Dependendo do posicionamento dos pontas. Uma obviedade anteriormente ignorada por insuficiência técnica — por ruindade mesmo, falando em futebolês claro! Méritos a Fábio e Reinaldo. Méritos ao presidente Alberto Guerra e seus asseclas.

Quando da chegada dos reforços, participei de alguns exercícios com amigos na tentativa de “escalar” o melhor Grêmio possível. Bitello sempre foi meu titular absoluto. O velho e bom “ponto de equilíbrio”. O contemporâneo e ótimo box-to-box — o jogador que faz todas as funções de meio com a mesma desenvoltura.

Desta feita, Pepê, Carballo e Cristaldo devem disputar a terceira vaga de meio. Villasanti como primeiro homem! Opções, alternativas, possibilidade de repertório. Toques de primeira no meio. Somado a passagem dos laterais, trouxeram dinamismo ao outrora engessado e previsível setor. Futebol se ganha é na meia-cancha. Excelente primeira amostragem.

Ferreira é a segunda grande notícia do ataque! Drible, velocidade, improviso. Se afastar o fantasma das lesões, surge como parceiro ideal para Suárez. Talvez jogando mais próximo de Luisito. Talvez nem tão rente à linha lateral. Talvez mais liberado das tarefas pesadas de recomposição. Existe vida além do 4-2-3-1 e suas singelas variações. Mãos à obra, Renato!

Para não dizerem que falei apenas de flores… o gramado segue parecendo um potreiro. Com todo respeito aos potreiros. Inadmissível, sobretudo pela reincidência do problema que ocorre desde a inauguração do estádio. Inacreditável. Mais uma tarefa intransferível da nova direção, desta feita, fora das quatro linhas.

Camisa 1. Embora Breno não tenha falhado no gol sofrido, um goleiro mais experiente e superior tecnicamente talvez seja necessário para as “horas grandes”. Falando em defesa, Kannemann voltou “voando” e Bruno Alves manteve o nível que que faz dele notável alternativa para a mítica dupla. Talvez Geromel e Kannemann já não possam mais jogar juntos pelo quesito “vitalidade” — por mais afrontoso que possa parecer. Eis um debate pra outro momento.

Enfim, a estreia da temporada foi super-ultra-mega-puxa-híper promissora. Mas é aquilo! Foram apenas 90 minutos. Se o tricolor tivesse jogado mal, a ressalva seria literalmente a mesma.

Agora, o divisor de águas…

Histórico! Emblemático! Louvado sejam os centroavantes!!! Suárez foi Suárez. Qualidade completamente fora da curva. Posicionamento. Faro de gol. Artigo raríssimo. Um legítimo extraclasse capaz de elevar o patamar do time e, principalmente, oxigenar a grandeza do Grêmio.

Está aberta oficialmente a Era Suárez no Grêmio. Que seja apenas o início de uma lua de mel pela eternidade com a nação de 3 cores. Que seja mágico. Que seja IMORTAL!

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