Morador de Viamão com suspeita de covid-19 revela a angústia do isolamento hospitalar

Saúde perfeita, nenhuma doença crônica. De uma hora para outra, isolado e lutando pela vida em uma cama de hospital. Veja o relato do PM aposentado que não foi poupado, mesmo com o histórico médico saudável, e está internado com suspeita de coronavírus

 

A rotina do policial militar aposentado Gilnei Machado mudou radicalmente há 14 dias. Dores de cabeça, ardências nos olhos, náuseas, diarreia, desconforto muscularr por todo o corpo se somaram a uma fadiga cada vez mais intensa que o levaram, oito dias atrás, a procurar atendimento no Hospital da Brigada Militar, em Porto Alegre, onde está internado em isolamento até o momento. A causa: suspeita de covid-19.

Quatro dias antes, Gilnei, aos 50 anos, gozava de boa saúde – inclusive levou o pai para retirar pontos em um hospital da Capital.

– Eu achava que estava tranquilo. Não tinha viajado, nem contato com alguém que viajou, e tomava todas as precauções. Felizmente meu pai não apresentou nenhum sintoma – conta.

Com a suspeita da infeção pelo coronavírus, o morador de Viamão realizou a coleta de material para testes na semana passada. O resultado não foi liberado até o momento, mas ele entende que a decisão de buscar ajuda médica o salvou.

– Não tenho dúvida, tanto que eu oriento as pessoas a fazerem o mesmo.

Enquanto espera pelo laudo médico, o PM aposentado batalha por recuperação. Uma tosse ‘casual’, segundo ele, ainda incomoda, e a fisioterapia será companheira por longo tempo.

Nem mesmo a família tem permissão para realizar visitas. Isolado, o único meio de contato é o telefone celular. Com o aparelho, monitora a saúde da esposa e do filho.

– Todos estão bem. Minha esposa teve sintomas leves, o meu menino especial, de 18 anos, não teve nada. É um alívio.

Televisão, internet, orações e a Bíblia são as alternativas para distrair a cabeça e buscar forças. Pelas redes sociais, Gilnei se dedica a orientar as pessoas sobre os riscos da doença, a partir de seu exemplo.

– O que digo para quem não acredita no vírus? Digo que a Covid 19 não brinca, ela ataca. Eu senti na pele – completa.

 

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