O tão temido e amado teste de gravidez

Foi só o palitinho ser mergulhado na urina para o ponteiro do relógio andar em câmera lenta, o ar ficar rarefeito e o silêncio no banheiro ser tão ensurdecedor a ponto do barulho do vento nas árvores atrapalhar nosso pensamento. Tiramos o palito do xixi (sim, um teste de gravidez é bem nojento) e repousamos na bancada da pia. A segunda fitinha começou a aparecer bem devagarzinho, como se o deus do teste de gravidez estivesse gozando da nossa cara.

A Andressa sentou na tampa do vaso, apreensiva depois de urinar no potinho graças  aos 4 litros d’água que eu fiz ela tomar para a vontade de fazer xixi aparecer. Como dois comentaristas de futebol discutíamos se a intensidade da cor da fita poderia interferir no resultado. Existe meio grávida? O que faríamos depois do resultado? Será que ela não ta grávida? Será que essa marca de teste é boa? Deve ser, paguei quase o dobro da mais barata para não ter erro. Quando o tempo passou veio o resultado que mudaria a nossa vida para todo o sempre: GRAVIDÍSSIMA.

É engraçado como qualquer um dos resultados nos deixaria extremamente felizes. Caso o resultado fosse negativo seria um alívio, afinal ninguém quer gerar uma vida antes dos vinte ou com vinte e poucos. Não tínhamos estrutura emocional e financeira para criar uma criança. Se desse negativo ia ser muito bom. Pelo outro lado, o positivo foi ótimo. Impactante no início, difícil sem dúvidas, mas com o tempo a gente vai aprendendo que ninguém está preparado para ter um bebê e deve ser por isso que uma gravidez dura nove meses. É neste tempo que aprendemos a controlar melhor os gastos e a se preparar psicologicamente para cuidar de uma nova vida. É a coisa errada que deu mais certo em nossas vidas.  

Minha família sempre foi enorme, com muitos tios e primos, mas a cegonha havia esquecido nossos endereços por anos. O priminho mais novo da família, filho de uma prima minha, tinha 14 anos quando a minha prima Bruna, que cresceu como irmã, quebrou o jejum da família e trouxe ao mundo a Amandinha. Menos de um ano depois meu irmão mais velho, Airton, descobriu que teria um bebê, o Rafinha. Três meses depois minha sogra Andrea surpreendeu a todos com a gravidez do pequeno Felipe, que enche nossos dias de alegrias. O anúncio da gravidez do Beni veio quando minha sogra tinha acabado de descobrir a gravidez, minha cunhada estava na metade do caminho e minha prima tinha um bebezinho no colo.

Hoje enquanto escolhia o tema da coluna da semana sou surpreendido com o anúncio da minha outra prima irmã Joyce: estamos grávidos, de novo. Beni vai ter mais um priminho para brincar, rir, ser cúmplice e dividir a infância assim como eu tive com meus inúmeros primos (sério, não sei quantos são). A vida se renova a cada teste positivo de gravidez, a cada novo papai e nova mamãe que nascem. A gente acha que é feliz, mas não é. A felicidade plena, inteira, completa, vem quando recebemos um sim, um teste de gravidez positivo ou quando ouvimos o primeiro chorinho de nossos filhos.  Parabéns Jô! Que o novo baby venha com muita saúde!

Se a cegonha continuar nos visitando com essa frequência toda, ano que vem eu volto com mais novidades. Quem será o próximo a dar um amiguinho para o Beni? Vamos esperar para ver!

 

 

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