Setembrina e o desafio do ano

Diretor Ednilson Roesler fala sobre o novo ensino médio integral / foto: Bruna Lopes - DV

Pela primeira vez em mais de 100 anos a escola Setembrina terá turmas de turno integral

Prestes a completar um ano como diretor da centenária escola Estadual de Ensino Médio Setembrina, Ednilson Roesler diz enfrentar um de seus maiores desafios profissionais. E ele inicia já na próxima segunda-feira, dia 6, com a volta às aulas. 

No final do ano passado o Setembrina recebeu a notícia de que foi uma das onze escolhidas em todo o Estado para receber o programa do governo federal que implantará o ensino médio integral.

A transição será feita aos poucos. Em julho deste ano, apenas o 1º ano entrará para a nova modalidade. Ao invés de 30 períodos, os alunos passarão a ter 45, que resulta em 1.400 horas por ano dentro da escola. 

— A direção está encarando como um desafio que teremos que enfrentar este ano. Ficamos sabendo apenas em dezembro, depois de as matrículas terem iniciado, por isso muitas pessoas ainda não sabem da novidade. Na próxima semana chamaremos todos os pais que ainda não sabem. Neste primeiro momento serão apenas os alunos do primeiro ano – cerca de 200 alunos, divididos em cinco turmas-, em 2018 será a vez do segundo ano e, por fim, em 2019 estará implantado em todo o ensino médio.

Com as novidades, algumas mudanças terão que ser feitas na escola, tanto na estrutura, quanto no quadro de professores.

— Existe a promessa que em julho iremos poder contratar mais alguns professores e que também iremos receber um repasse maior por aluno (cerca de R$ 2 mil por ano), já que agora eles passarão mais tempo nas depencias da escola e farão mais refeições. Além disso, queremos criar um centro de convivência na parte externa e vestiários.

Entre as novas matérias que serão contempladas junto com a mudança, estão "projeto de vida", "práticas de laboratório" e "empreendedorismo".

— Não é o objetivo ser profissionalizante, mas sim auxiliar o estudante a se tornar apto a fazer boas escolhas no futuro. O formato é a aposta da Secretaria Estadual de Educação para tornar o ensino médio mais atrativo e reduzir os índices de abandono escolar e de reprovação. O ideal era que os jovens de até 17 anos não precisassem fazer estágio e se dedicassem totalmente aos estudos. 

Ednilson diz que a aceitação por parte dos pais tem sido positiva.

— Aqueles que vieram fazer a matrícula depois que recebemos a notícia da mudança e explicamos como ficariam os turnos a partir de julho ficaram bastante contentes. Claro que tem alguns estudantes que não podem ou preferem o método tradicional, mas no geral a maioria aceitou bem. Aqueles que se sentirem prejudicados, poderão pedir transferência. 

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