Greve chamada para esta sexta tem cara de que não será tão impactante quanto a de abril – e não vai nenhuma defesa política nisso que estou dizendo
A “desadesão” do Simvia e falta de uma decisão do Sindimetropolitano, o sindicato dos motoristas e cobradores de ônibus, são os mais fortes elementos que apontam para uma greve branda nesta sexta. Se os sindicatos que podem mobilizar militantes dizem que estão fora, o trabalhador comum fica sem saída.
Ou melhor, só tem uma saída: ir trabalhar.
Sem o Simvia e sem uma definição do Sindimetropolitano, que promete para 16h de hoje uma decisão sobre sua participação na greve de amanhã, os ônibus devem ir às ruas. E aí nem branda a greve será. Ela simplesmente não vai acontecer. Com o desemprego batendo às portas, quem vai deixar de trabalhar tendo nas ruas as condições de sempre?
Piquetes nas ruas, com ônibus circulando, só causam atrasos e transtornos. Para greve dar certo, como deu em 28 de abril, é preciso que se acorrente de novo a largada da Viamão – pelo menos até a metade da manhã. E isso, sem o sindicato dos rodoviários, não deve acontecer.
Um porta-voz do Sindimetropolitano soprou ontem que a desmobilização começou junto com a mobilização dos partidos para o ato. Os sindicatos querem chamar a atenção contra a reformas promovidas pelo governo federal – não necessariamente erguer bandeiras desse ou daquele partido.
De qualquer forma, por esta ou qualquer outra razão, greve geral só terá efeito se os primeiros a não saírem de casa forem os ônibus da Viamão.
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