Na manhã do dia 1º de janeiro, Armando Azambuja (PSDB) será eleito presidente da Câmara de Vereadores. E o primeiro vice se encaminha para ser Dieguinho Santos (PSD).
Amanhã, no primeiro dia de 2021, se ninguém descumprir o acordão fechado na noite do dia 30 de dezembro, Dilamar de Jesus volta à mesa diretora. Será o segundo vice-presidente.
Às 10h, começa a cerimônia de posse dos eleitos para a legislatura 2021-2024. Horas depois, após os discursos inflamados, as juras de amor à Viamão e fotos com sorrisos do tipo "missão cumprida", saberemos se é correta a especulação que coloca Rodrigo Pox (PDT) e Preguinho (DEM) como primeiro e segundo secretários, respectivamente.
Depois é curtir a parada da Casa do Povo, que só volta em fevereiro. Não é o Judiciário, mas por regimento, também tem recesso.
A sexta-feira no plenário Tapir Rocha terá debate, mas apenas para ficar na história da casa. E como o acordo para deixar o PT fora da mesa, PTB na presidência em 2022, PP em 2023 e PL em 2024 já foi selado, a primeira sessão de 2021 talvez não tenha inscrição de chapa feita no improviso, como ocorreu na eleição de Nadim Harfouche (PSL).
PONTUO:
– Arrisco uns pitacos nesse texto, cravei nomes confiando em fontes. E embora corra o risco da "barrigada" (jargão do jornalismo), vou adiante, pois ser "comentarista de resultado" é fácil. Junto, deixo o seguinte raciocínio:
– Armando foi decisivo na campanha dos tucanos. Desequilibrou para o lado dos vencedores. Queria voltar ao comando da Casa do Povo – e o fizeram atingir o objetivo. A presidência é prêmio justo – de acordo com o tamanho dele nas urnas.
– Necessário elogiar a habilidade do prefeito eleito em negociar. Embora digam que o acordo valerá só para a mesa, ele trouxe para o seu lado o PSD do inimigo André Pacheco, o PDT dos rivais das urnas Guto Lopes e Alexandre Godoy, o DEM do adversário político Evandro Rodrigues e o PSB do desafeto Geraldinho Filho.
– O novo chefe do Executivo já venceu duas: conduziu com maestria a composição do secretariado e projeta a governabilidade no Legislativo. Terá maioria expressiva na Casa: 13 votos. Mesmo que jurem que o acordo foca apenas na eleição.
– O jogo está jogado! Bonatto Bateu com as dez cartas da mão. E nem precisou de coringa.
No mais, a coluna deseja feliz ano novo. Que 2021 seja infinitamente melhor na vida de todos!
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