Erika Goelzer | Ser feliz não é tão difícil. Vamos falar sobre os sentimentos?

A felicidade é um conceito complexo para se definir, justamente porque sua essência muda de pessoa para pessoa. O que é felicidade para mim, não necessariamente será para você e vice-versa. Algumas pessoas parecem ser felizes com bem menos do que outras. Há pessoas que parecem ter tudo aos olhos de quem está de fora, mas são infelizes. Não há fórmula correta e nem pronta para alcança-la. Você já parou para pensar como é a sua relação com a felicidade? Você sabe o que lhe faz feliz?

Por definição, Felicidade é o estado de quem é feliz, uma sensação de bem-estar e contentamento, que pode ocorrer por diversos motivos. É um momento durável de satisfação, um momento onde não há nenhum tipo de sofrimento.

Mas como ter certeza da felicidade? A Universidade de Oxford na Inglaterra criou um tipo de teste, um inventário, para medir o nível de felicidade das pessoas. Este instrumento avalia diferentes fatores: condição física, estado psicológico, idade, renda, estado civil, preferências religiosas e até políticas.

Existe uma pressão social para que sejamos felizes o tempo todo. As redes sociais clamam por fotos de felicidade. Lá, todos parecem ser bem-sucedidos, magros, ricos e ter o amor correspondido de forma intensa. Entretanto sabemos que a vida real não é exatamente assim. Nem sempre estamos realizados em todos os âmbitos de nossa vida e situações como peso e situação financeira não estão necessariamente relacionadas com a felicidade.

O que percebo na escuta clínica é que, na maioria das vezes, as pessoas têm dificuldades em valorizar os pontos positivos de suas vidas e, ao mesmo tempo, supervalorizam suas falhas (reais ou imaginárias). Freud, pai da psicanálise, defendia que a felicidade completa é completamente utópica, já que não leva em conta as frustrações normais da vida real. Para ele, precisamos nos contentar com momentos de felicidade.

Desta forma, fica completamente compreensível que ninguém precisa estar feliz o tempo todo. Vivenciar ou expressar as emoções negativas auxiliam para que estas sejam elaboradas sem causar danos emocionais. Sentimentos positivos ou negativos não devem ser guardados, pois é justamente aquilo que não falamos que nos adoece psiquicamente. É justamente por isso que a terapia psicológica funciona. Quando conversamos com um psicólogo em uma consulta podemos falar abertamente sobre aquilo que sentimos sem medo de sermos julgados ou de magoar o interlocutor. Nos aproximamos do que realmente sentimos, o que nos permite exatamente nos libertarmos.

Tristeza, rancor, mágoas, medos e outros sentimentos podem ser úteis para o ser humano. O medo, por exemplo, pode ajudar que não nos coloquemos em uma determinada situação tóxica novamente. A quantidade certa do medo é protetora, em demasia se torna paralisante. Por exemplo, o medo de ser atropelado pode, em uma quantidade saudável, nos fazer olhar para os dois lados antes de atravessar uma rua ou, em excesso, nos deixar trancados em casa sem sair.

Se entendermos que ter algum sentimento negativo não impede a felicidade, ficaremos mais livres para aproveitar cada nuance que ela pode ter. Nas próximas semanas estarei falando sobre cada um dos principais sentimentos. Sobre qual você se interessaria em ler?

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