Mau tempo provocou uma queda de luz de mais de uma hora no Centro de Viamão, hoje, e adiou a votação do projeto mais polêmico deste final de ano
A sessão da Câmara desta terça-feira, dia 13, começou com pouco mais de meia hora de atraso. Vereadores pelos corredores, nos gabinetes, subindo e descendo as escalas que levam do plenário às secretarias do governo. Era o dia da votação do projeto mais emblemático do final da gestão do prefeito Valdir Bonatto: o que muda o uso da área da antiga fábrica da Mu-mu e permite que, ali, se ergam um centro de compras, condomínios residenciais e um conjunto de prédios públicos.
Era para ser, mas não foi.
Por volta das 16h, bem no horário em que a sessão deveria começar, algo encobriu o sol que reinava sobre Viamão. Nuvens pesadas tomaram conta do céu por trás da Igreja Matriz e avançaram em direção ao Centro.
Nada de apocalipse: era só o um temporal que vinha da lagoa do Bacupari a caminho da cidade. Coisas de verão. Mas incômodo suficiente para que, no Centro, faltasse luz por mais de uma hora – e provocasse o adiamento da votação do projeto da Mu-mu.
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O presidente da Câmara, Xandão Gomes (PRB), suspendeu a sessão pouco depois das 17h30, com o plenário já começando a ficar às escuras e o vento retumbando nas janelas e por baixo das portas.
Xandão convocou uma sessão complementar para esta quarta-feira, às 16h, para dar continuidade à suspensa hoje.
O voto de Dédo
A posição mais aguardada da tarde – a do vereador Dédo Machado – não pode ser conhecida com o adiamento da votação. A direção do PDT notificou o vereador sobre a decisão tomada na noite de segunda que obriga os vereadores do partido a votarem contrários ao projeto do governo.
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Dédo vem sendo o aliado mais fiel do governo na composição de uma maioria capaz de fazer o projeto ser aprovado no plenário. E não demonstra incômodo com a contrariedade do partido.
Há uma semana, Dédo chegou a cogitar uma licença do PDT – o que já foi feito pelo prefeito de Porto Alegre, José Fortunatti. Assim, o vereador poderia votar no projeto da Mu-mu e eventualmente compor o governo de André Pacheco, a partir do ano que vem, sem responder em nome do PDT.
Preservaria a filiação, mas não as relações partidárias.
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De todo modo, só amanhã para que se conheça a posição de cada vereador a respeito do Masterplan Viamópolis – o último projeto polêmico do governo Valdir Bonatto que ainda tramita na Câmara.