Diretor técnico conta que pouco ou nada evoluiu sobre o projeto de mudança do atendimento materno-infantil para Alvorada – e é isso que será dito aos vereadores daqui a pouco
Quem deve comparecer à Câmara é o diretor administrativo do Hospital Viamão, Leandro Santos. Ele foi chamado para falar sobre o problema do fechamento da maternidade, mas não deve trazer muitas novidades, segundo conta o diretor técnico da instituição, Dr. João Almir – escalado pela assessoria do hospital para falar sobre o assunto.
– Não mudou muita coisa, a discussão continua aberta.
Ele reforça a ideia de que o encerramento das atividades da maternidade não é um desejo do hospital, mas talvez uma medida que se imponha frente à crise.
– Assim como Alvorada manda para Viamão os atendimentos de traumato, Viamão enviaria para Alvorada seus atendimentos materno-infantil.
João Almir explica, ainda, que uma decisão final sobre o caso depende mais dos gestores públicos do que do Hospital Viamão propriamente dito.
– É um projeto que vem sendo discutido com o governo do Estado, com a prefeitura, pelos conselhos de Saúde, pela Comissão de Saúde da Mulher do Estado. Isso passa por uma decisão de todos os órgãos envolvidos. Se concordarem com este ou aquele caminho, é o que deve ser feito.
Sem luz no fim do túnel
A crise financeira dos hospitais, no entanto, está longe de se encerrar – em Viamão e em todas as cidades que tem hospitais comunitários, municipais ou filantrópicos.
– Se houver a sinalização de aumento de repasses, tudo pode ser repensado, readequado. Mas o quadro hoje é de diminuição dos recursos – lembra o médico.
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