Primeiras doses da vacina aplicadas: grupos prioritários receberão imunização ainda nesta semana

Roseli Krebs, colaboradora do Hospital Viamão, é a primeira imunizada no município | Edição de vídeo: Guilherme Klamt

Pouco antes das 15h desta terça-feira (19), as 1.599 doses do imunizante contra a COVID-19 chegaram em Viamão. A remessa inicial destinada pelo governo do Estado ao município foi transportada por um carro da prefeitura da capital até a secretaria da Saúde local. Cerca de uma hora depois, por volta das 16h50min, a enfermeira Roseli Krebs, 44 anos, se tornou a primeira pessoa vacinada na Velha Capital.

– Agradeço a oportunidade de receber a vacina e espero que todos façam o mesmo. Façam a vacina – pediu Roseli. 

O ato simbólico que marca o começo de um novo capítulo na luta contra a pandemia ocorreu no Hospital Viamão. O prefeito Valdir Bonatto e o diretor técnico do Hospital Viamão João Almir Camargo Jorge estavam presentes. Na sequência, na UPA Viamão, o médico Gelson Barth Prates, 57 anos e o enfermeiro Gilmar Monteiro, 57 anos foram imunizados.

 

Gelson Barth Prates

 

– É com grande satisfação que a gente começa hoje a vacinação aqui no hospital, em nossa funcionária da linha de frente. Nós queremos agradecer a todos os responsáveis por isso. Ainda não temos todas as doses, mas é um começo – afirmou Camargo Jorge.

– Apesar de ser limitadíssima (no aspecto de quantidade), começamos hoje a trazer expectativa de vida, a retomar o desenvolvimento e das relações sociais com a imunização. Estamos muito felizes – fechou Bonatto.

Ambas as cerimônias foram realizadas sem a presença da imprensa, atendendo aos protocolos de distanciamento social vigentes.

 

Gilmar Monteiro

 

Os imunizados

 

A enfermeira Roseli Krebs atua no hospital da cidade. Ela é responsável pela tenda de triagem e referência para coletas de testes RT-PCR na instituição; Gelson Barth Prates é médico da sala vermelha da UPA há mais de um ano; O enfermeiro Gilmar Monteiro, também da UPA, é servidor do município há mais de 20 anos. Os três estão na linha de frente do combate ao coronavírus desde o início da pandemia.

 

Grupos prioritários

 

De acordo com a prefeitura, na quinta-feira (21) serão imunizados indígenas e idosos. A previsão é aplicar metade da remessa de vacinas destinada a Viamão até o fim desta semana. O restante será utilizado como segunda dose para os mesmos pacientes contemplados nesta primeira etapa.

O Estado destinou 1.599 doses a Viamão. Desse total, 39,5% foi reservado para profissionais de saúde, 22,5% para idosos em Instituições de Longa Permanência (ILPI), 17% a pessoas com deficiência também institucionalizadas e 21% a indígenas de quatro aldeias locais.

É importante destacar que não há a distribuição da vacina nas unidades básicas nesse primeiro momento.

 

VÍDEO:

 

A vacina

 

Até o momento Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial de duas vacinas no Brasil: a CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, e a de Oxford, desenvolvida pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

As doses recebidas por Viamão são da Coronavac, que oferta melhores condições de armazenamento (temperatura de conservação) e transporte. 

A vacina da Sinovac usa vírus inativados, ou seja, que foram expostos em laboratório a calor e produtos químicos para não serem capazes de se reproduzir. Por isso, eles não conseguem nos deixar doentes, mas isso é suficiente para gerar uma resposta imune e criar no nosso organismo uma memória de como nos defender contra uma ameaça.

O processo começa logo após a aplicação da vacina. A proteção aos vacinados só está completa após a aplicação da segunda dose, três semanas após a primeira.

O laboratório chinês afirma que o imunizante foi até 20 pontos percentuais mais eficaz em um pequeno sub-grupo de pacientes que receberam a segunda dose do fármaco com um intervalo maior.

 

 

Números de uma guerra

 

Viamão tem 4.476 casos confirmados da doença, sendo que 253 pacientes perderam a vida; O Rio Grande do Sul regista 512.343 infecções e 10.051 óbitos. No país, 8.511.770 adoeceram e 210.299 morreram desde o início da pandemia, em fevereiro de 2020.

 

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