Dédo Machado e Augusto Giraudo devem enfrentar processo de expulsão por conta do voto que deram a favor do projeto do governo
Dédo já vinha sob ameaças: na segunda-feira, o diretório municipal do PDT havia se reunido e decidiu que sua bancada deveria ser contrário à medida. Notificou o vereador, inclusive.
Dédo deu de ombros.
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Agora, o caminho é pedir a expulsão por infidelidade. Mesmo que represente pouco, já que o mandato de Dédo se encerra oficialmente no dia 31, o PDT deve levar o caso adiante. "No interésse do exemplo", como diria Leonel Brizola.
O caso novo é do vereador Augusto Giraudo, do PSol. Augustão não foi reeleito e vem em uma queda de braço com a direção municipal do partido há mais de ano. Não se sabe se o PSol havia tirado posição contrária ao projeto do governo, mas como oposição, era de se esperar que Augustão não votasse a favor.
Ontem à noite, horas depois da decisão da Câmara, o vereador eleito Guto Lopes confirmou ao Diário que vai pedir a expulsão de Augustão.
Neste caso, a repercussão não é só política: Augusto é suplente de Guto. Se for expulso, perde a vez em caso de licença do titular.
A carta na manga de Augustão é a proximidade com a maioria nacional que hoje comanda o PSol.
– Quando chegar lá, não me expulsam – dizia ele, mais de uma vez, sempre que o assunto de sua expulsão vinha à baila.
De bem com o governo
Maninho Fauri (PSD) e Nadim Harfouche (PP), que vinham dizendo "não sei" sobre o voto que dariam no projeto, acabaram votando "sim" – e fecham o ano de bem com o governo – o que entra e o que sai.
Maninho segue cotado para assumir uma secretaria no novo governo enquanto Nadim aposta mais em ser presidente da Câmara do que no secretariado.
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