Quem segura a prorrogação até 2022 do mandato de André Pacheco ou Russinho, e dos 21 vereadores; o populismo judicial

Ministro Luis Roberto Barroso assume presidência do TSE em maio | FÁBIO RODRIGUES POZZEBOM | Agência Brasil

Tratei do ‘contágio eleitoral’ da crise do coronavírus nos artigos ddddddddd.

Parte da classe política já questiona a realização das eleições municipais, marcadas para outubro, por conta dos efeitos do contágio pela Covid-19, além de haver crescente pressão social pelo adiamento e uso dos R$ 2 bilhões do fundo eleitoral para enfrentar a pandemia.

Porém, à Revista IstoÉ, Luis Roberto Barroso, a partir de maio presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse ver com receio a proposta de prorrogação dos atuais mandatos e unificação das eleições em 2022 – proposta que prorrogaria os mandatos ou de André Pacheco, caso não seja cassado, ou do prefeito interino Valdir Elias, o Russinho; bem como dos 21 vereadores de Viamão.

– Imagina-se que em outubro a pandemia já tenha acabado. É cedo para tomar essa decisão – disse o ministro, pedindo “cautela”, mas admitindo que, se a pandemia não tiver cessado até julho, o TSE poderá adiar o pleito, “mas apenas por alguns meses”. 

Não é coisa simples. Até Barroso, um adepto ao ‘direito criativo’, advertiu que a alteração só é possível caso o Congresso aprove uma emenda constitucional.

– Seria uma medida aterradora para a democracia – opinou, sobre a prorrogação dos mandatos.

Ao fim, candidatos seguirão angustiados. A incerteza sobre os efeitos da pandemia no Brasil – e no mundo – não permite projeções. E se superarmos bem a primeira onda de contágio e tivermos uma segunda? A China se esforça agora para não ‘importar’ a COVID-19, após dias sem registrar casos. Certamente não contaremos votos, enquanto contamos corpos.

E há ainda o risco do ‘contágio da opinião pública’, que parece infectar facilmente Barroso e seu ‘populismo judicial’. Em episódios da ‘Java Jato’ para uns, ‘Vaza Jato’ para outros, ou polêmicas correlatas (Lula), o ministro atendeu o impalpável ‘grito das ruas’ e rasurou com um ‘é verdade este bilhete’ o livrinho aquele, Constituição.

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